Foto de Marcela Cornelli, que me deu a lua de presente no ano passado
Míriam Santini de Abreu
Quando estivemos no Deserto de Atacama – eu, Elaine e Marcela – desejei ardentemente experimentar o silêncio. O silêncio sem memória das areias. Pois, no deserto, não houve um só instante de silêncio. Deserto é turismo, é turismo não é silêncio.
E é também sobre o silêncio o filme “La Voce Della Luna”, de Federico Fellini, que me foi recomendado pelo fotógrafo e documentarista Dario de Almeida Prado Jr., nosso oficineiro em um curso na TV Floripa.
Não escrevo sobre o filme porque cinema é experiência muito pessoal. É o tipo de coisa sobre a qual não adianta falar, tem que experimentar.
Mas digo que ali há um homem que se perdeu por causa das notas musicais perigosas, como a combinação sol-la-do-mi, que provocam a sensação de “um lagarto percorrendo a espinha”. E há este outro homem, que ouve a voz da lua a sussurrar dentro dos poços.
Um filme onde aparecem corvos – aves fantásticas - , sinos e vagalumes!
“A Voz da Lua” eu queira sorver na madrugada, à beira de uma taça de vinho. Bastou, para me enternecer, a madrugada.
Quando estivemos no Deserto de Atacama – eu, Elaine e Marcela – desejei ardentemente experimentar o silêncio. O silêncio sem memória das areias. Pois, no deserto, não houve um só instante de silêncio. Deserto é turismo, é turismo não é silêncio.
E é também sobre o silêncio o filme “La Voce Della Luna”, de Federico Fellini, que me foi recomendado pelo fotógrafo e documentarista Dario de Almeida Prado Jr., nosso oficineiro em um curso na TV Floripa.
Não escrevo sobre o filme porque cinema é experiência muito pessoal. É o tipo de coisa sobre a qual não adianta falar, tem que experimentar.
Mas digo que ali há um homem que se perdeu por causa das notas musicais perigosas, como a combinação sol-la-do-mi, que provocam a sensação de “um lagarto percorrendo a espinha”. E há este outro homem, que ouve a voz da lua a sussurrar dentro dos poços.
Um filme onde aparecem corvos – aves fantásticas - , sinos e vagalumes!
“A Voz da Lua” eu queira sorver na madrugada, à beira de uma taça de vinho. Bastou, para me enternecer, a madrugada.
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