domingo, 22 de abril de 2012

Entidades catarinenses se manifestam, no Ibama e em Ato no Ticen, contra mudanças no Código Florestal

Entidades catarinenses farão, nesta segunda-feira, dia 23, às 10 horas, a entrega de uma Moção contra as mudanças no Código Florestal da forma como estão ocorrendo e em apoio ao veto da presidente Dilma Rousseff ao texto total do Projeto de Lei 30/2011. A Moção já conta com a assinatura de cerca de 30 entidades, em sua maioria catarinenses, e será entregue às 10 horas na sede da Superintendência Regional Ibama em Florianópolis (av. Mauro Ramos). O projeto de mudança do Código Florestal irá à votação no Plenário da Câmara dos Deputados nesta semana e é uma das mudanças mais polêmicas feitas na legislação ambiental desde o fim da ditadura militar.
As entidades responsáveis pela iniciativa da Moção são a Câmara de Meio Ambiente e Saneamento do Fórum da Cidade e o Comitê Brasil/SC em Defesa das Florestas e da Vida. A audiência foi marcada com a Superintendência do Ibama/SC e outras instituições também foram convidadas, como o Ministério Público Federal e Estadual, o Ministério do Desenvolvimento Agrário, o Ministério da Pesca e Aqüicultura, o ICMBio, as Comissões de Pesca, do Meio Ambiente e de Saúde da Assembleia Legislativa e a Superintendência de Patrimônio da União. A audiência tem como objetivo geral tratar das seguintes questões:

1. Código Florestal;
2. Condicionantes Ambientais do Plano Diretor de Florianópolis;
3. Projetos de Saneamento Básico de Florianópolis e Região;
4. Projetos e demandas Ambientais dos Movimentos Populares de Florianópolis.Na audiência serão entregues a Moção Catarinense ao Código Florestal e também à Campanha do "VETA, DILMA!", a proposta de Lei de Iniciativa Popular do PARQUE CULTURAL DAS 3 PONTAS e as demandas em relação ao Plano Diretor de Florianópolis, buscando ações de salvaguardas ambientais com os participantes da audiência.


Já no dia 24, terça-feira, às 16 horas, haverá “Ato Público contra a Motosserra” no Largo do TICEN, Centro da Capital, contra o projeto de lei que altera o Código Florestal e contra a PEC 215, que passa do Executivo para o Legislativo a responsabilidade de demarcação e designação de terras indígenas, áreas quilombolas e Unidades de Conservação.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Artigo discute mudanças no Código

Veja no link abaixo artigo publicado na revista eletrônica do IELA, a Rebela, sobre as mudanças com o Código Florestal.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Jornadas Bolivarianas discutem o Caribe

Seminário internacional do IELA começa dia 23 de abril na UFSC

Por Elaine Tavares - jornalista

No mais das vezes, no senso comum, quando se pensa o Caribe, imaginam-se cruzeiros, ilhas paradisíacas, drinques exóticos. Poucos são aqueles que relacionam essa parte do mundo com revolução, luta popular, libertação. Pois o Caribe é tudo isso. Primeira região vista pelos invasores em 1492, as ilhas do Caribe foram espaço de colonização, da ascensão do açúcar, reino dos piratas e também berço de revoluções importantíssimas como a do Haiti, onde os negros escravos realizaram a façanha de serem os primeiros a formar uma nação livre naquele espaço geográfico. Depois, bem mais tarde, foi a vez de Cuba, com a inovadora revolução de 1959, que trouxe para a América Latina a possibilidade do socialismo. Também é no Caribe que estão os paraísos fiscais para onde escorre o dinheiro da elite latino-americana e dos ladrões de casaca. Hoje, podemos ouvir falar do Caribe quase todos os dias, já que o Brasil se presta à criticada missão de comandar a ocupação militar no Haiti há anos. Assim que essa região está muito mais próxima de nós do que imaginamos. E é por isso que o Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA/UFSC) fez do Caribe o seu tema das Jornadas Bolivarianas deste ano. Durante três dias inteiros deste seminário internacional, que acontece há oito anos na UFSC, desfilarão pelas mesas de conferência os temas mais candentes relacionados a essa parte do planeta que, apesar de tantas colonizações diferentes, e tantas línguas, faz parte da grande Abya Yala, a terra do esplendor conhecida também como “As Três Américas”.

A região do Caribe é um espaço localizado no lado leste da América Central e unifica, dentro do Mar do Caribe, uma série de pequenas ilhas/países também conhecidas como Antilhas. São elas: Antígua e Barbuda, Aruba, Bahamas, Barbados, Cuba, Dominica, Granada, Guadelupe, Haiti, Ilhas Caimãs, Ilhas Turcas e Caicos, Ilhas Virgens, Jamaica, Martinica, Porto Rico, República Dominicana, Saint Barthélemy, Santa Lúcia, São Cristóvão e Neves, São Vicente e Granadinas, Trinidad e Tobago. Vivem ali mais de 14 milhões de pessoas. A Bacia do Caribe também é de interesse estratégico no que diz respeito a rotas comerciais, uma vez que cerca de metade da carga exterior dos EUA e as importações de petróleo bruto circulam através das vias navegáveis deste pequeno espaço de mar e ilhas. Nos anos 70 todos estes estados insulares observaram que, diante do assédio dos países centrais, era mais do que necessário empreender uma união. Foi quando nasceu o Caricom, Mercado Comum e Comunidade do Caribe, visando entrar na lógica dos blocos econômicos. Naqueles dias Cuba não podia ser admitida, vindo a integrar o Caricom só em 1998, e ainda como observadora.
Como o Caribe é uma região bastante desfocada na realidade dos brasileiros, também há poucas informações sobre as relações comerciais que se estabelecem entre o bloco do Caricom e o Brasil. Ainda assim, sabe-se que de tudo o que foi importado desta região, o maior fluxo vem da ilha de Trinidad Tobago (98%, segundo estudos de Débora Barros Leal Farias - Rev. Bras. Polít. Int. 43 (1): 43-68 [2000]), basicamente derivados do petróleo e gás natural. O Brasil tem embaixadas em apenas seis dos países do Caribe e mantém relações com as Ilhas Caimãs, onde existem vários escritórios de negócios tocados por brasileiros. Com o advento da ALBA ( Aliança Bolivariana para os Povos da América Latina), em 2004, impulsionada pelo presidente venezuelano Hugo Chávez, novas relações começaram a se formar no âmbito do Caribe, dentro de uma perspectiva mais equânime e isso também deu outra coloração à discussão sobre os problemas da região do Caribe. Não mais a lógica colonial imposta pelos Estados Unidos, disposto a manter essa região sob seu domínio e em estado de dependência. A ALBA inaugura outra relação no campo da cooperação energética, cultural e econômica.
Em função de todas estas questões, os pesquisadores do IELA observaram que a região do Caribe deveria receber mais atenção da comunidade científica. E, é justamente a isso que o debate das Jornadas Bolivarianas se propõe. O IELA traz a renomada professora Digna Castañeda, responsável pela Cátedra do Caribe na Universidade de Habana/Cuba; o professor Norman Girvan, jamaicano radicado em Trinidad y Tobago, que têm vários livros escritos sobre o Caribe; Carlos Martínez, da Universidade Nacional da Colômbia, também de larga experiência nos estudos caribenhos e Maria Ceci Misozcky, da UFRGS, que tem realizado um estudo sistemático no Haiti há vários anos. Essa diversidade de olhares montará um painel revelador dos dramas, desafios e sucessos da gente caribenha. As jornadas ainda lançam os livros: “Em luta pela terra sem mal: a saga Guarani contra a escravidão na Bolívia”, de Juliana dal Piva, o “Anuário Educativo Brasileiro”, organizado por Nildo Ouriques e Guadelupe Terezinha Bertussi, e “Em Busca da Utopia: a caminhada da reportagem no Brasil, dos anos 50 aos anos 90”, da jornalista Elaine Tavares. Ainda haverá apresentação de trabalhos e uma exposição da artista plástica Diana Roman Durante. As atividades acontecem de 23 a 25 de abril de 2012, no Auditório da Reitoria da UFSC, começando no dia 23 às 18h30min. Confira a programação:

JORNADAS BOLIVARIANAS
8a. Edição . 2012

23 DE ABRIL DE 2012
Noite: Auditório da Reitoria da UFSC
18:30 - Abertura oficial das VIII Jornadas Bolivarianas
19:00 - Conferência de abertura:O Caribe, região estratégica do imperialismoDigna CastañedaPresidenta da Cátedra do CaribeUniversidad de La Habana (Cuba)

24 DE ABRIL DE 2011
Manhã: Auditório da Reitoria da UFSC
9:00 h - Apresentação do livro:Em luta pela terra sem mal: a saga Guarani contra a escravidão na BolíviaJuliana dal Piva
09:15 h - Conferência:Os estudos sobre o CaribeCarlos MartínezUniversidad Nacional de Colómbia(Colômbia)
Tarde: UFSC e Hall da Reitoria da UFSC
14:30 h - 18:00 h:Apresentação de Trabalhos
Noite: Auditório da Reitoria
18:30 h - Apresentação do livro:Anuário Educativo BrasileiroNildo Ouriques
18:45 h - Conferência:O Caribe: dependência e subdesenvolvimentoNorman Girvan(Jamaica/Trinidad Tobago)

25 DE ABRIL DE 2012
Manhã: Auditório da Reitoria
9:00 h - Conferência: A realidade do HaitiMaria Ceci MisozckyUFRGS(Brasil)
Tarde: UFSC e Hall da Reitoria da UFSC
14:30 h - 18:00 h:Apresentação de Trabalhos
Noite: Auditório da Reitoria
19:00 h - Mesa Redonda:Os movimentos sociais e as lutas populares
Digna Castañeda, Carlos Martínez, Norman Girvan
22:00 h – Confraternização - Festa Caribenha

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Debate “Por que o Poder Judiciário está na berlinda” será no dia 20

No dia 20 de abril, sexta-feira, a partir das 19h, o Centro de Estudos e Pesquisas em Trabalho Público e Sindicalismo promove o debate “Por que o Poder Judiciário Está na Berlinda” em seu auditório (Av. Mauro Ramos 448, Centro, Florianópolis). Três personalidades – o físico e jornalista Raimundo Pereira, o filósofo do Direito Alysson Leandro Mascaro e o professor e deputado federal Pedro Uczai – debatem o tema entre si e com o público. A mediação do debate é do professor de Direito Constitucional da UFSC e da Unoesc Matheus Felipe de Castro.

O objetivo do debate, para o Centro de Estudos e Pesquisas em Trabalho Público e Sindicalismo, é iniciar diálogo com os diversos segmentos sobre a sociedade que vivemos e a sociedade democrática que queremos – e aí se inclui a questão do Poder Judiciário.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Jornalista Elaine Tavares lança livro que ilumina novos (e renovados) caminhos para o jornalismo



Por Míriam Santini de Abreu

A jornalista Elaine Tavares lança seu terceiro livro no dia 10 de abril, terça-feira, às 19h30, na Pizzaria San Francesco (av. Hercílio Luz, 1131, Centro, Florianópolis). Em sua terceira publicação, “Em busca da Utopia: os caminhos da reportagem no Brasil dos anos 50 aos anos 90”, a jornalista investiga, com base na análise de reportagens de revistas que representam determinados períodos históricos, se, como e por que, nos textos jornalísticos, é possível encontrar as marcas da utopia. O gênero jornalístico que ela elege para análise é a reportagem.
Tal escolha, com todas as suas opções metodológicas, não é casual. O jornalismo que “desaloja” os sentidos é o jornalismo da reportagem. A reportagem, que cada vez mais perde espaço para breves notas e notícias nos jornais e revistas, é o que distingue o trabalho jornalístico de qualquer outra atividade de escrita que se proponha a interpretar o mundo.
É na plenitude dela e de suas técnicas de construção, que, no gesto da escrita, se expressa o prazer de enlaçar um acontecimento no instante mesmo de seu desenrolar. De o jornalista ser ao, mesmo tempo, partícipe e testemunha do desenrolar do processo histórico. A pesquisa de Elaine Tavares centra-se em reportagens de revistas de informação e, para isso, ela definiu seu campo de análise nas revistas O Cruzeiro, Realidade, Veja e Época, por serem as mais representativas no seu tempo em termos de tiragem.
A amplitude da análise confere ao livro uma característica importante: ele é fundamental não só para jornalistas, mas também para quem atua no meio popular e sindical. Isso porque, neste período histórico em que oligopólios dominam a informação, é preciso que os movimentos que atuam em diferentes áreas compreendam o processo de produção jornalística e, a partir dele, busquem construir um discurso que se contraponha ao que predomina hoje, domado pela ideia de que não há alternativas ao sistema atual.
A pesquisa da autora busca inicialmente desvelar sob quais influências veio se construindo o pensamento teórico acerca do jornalismo e da reportagem no Brasil, tomando como referência o período que vai dos anos 1950, época que se configurou chamar como a maturidade da modernidade brasileira, até final dos anos 1990, tempos da chamada pós-modernidade.
No livro ficam sinalizados os elementos que, nas reportagens das revistas pesquisadas, tocam o leitor “em uma região que está fora do racional, penetra o reino do sonho, do desejo, vibra cordas adormecidas do coração”. Adelmo Genro Filho – o teórico do jornalismo com o qual ela trabalha - então propõe um jornalismo que parta do singular, e é neste atalho que Elaine Tavares busca a compreensão de seu tema de pesquisa. Diz a autora que “um fato dado, narrado a partir de sua singularidade, concretizará nele a universalidade necessária para incomodar o leitor/espectador/ouvinte. Nesse sentido, concordamos com o autor [Genro Filho], entendendo que jornalismo só é jornalismo quando consegue provocar reação, não apenas no nível da emoção, mas a reação necessária para gestar a dúvida, o desconforto, o que leva o ser humano a se perguntar: por que tem de ser assim? E o que podemos fazer para mudar isso?”.
São questionamentos que a comunicação no meio popular e sindical precisa provocar dia a dia para fazer o contraponto ao discurso da grande mídia. E, como lembra Genro Filho, esses elementos, sem querer, podem fazer aflorar ânsias que estavam latentes, produzir a imaginação utópica e o desejo de mudança.
Os outros dois livros de Elaine Tavares são “Jornalismo nas Margens – uma reflexão sobre comunicação em comunidades empobrecidas”, e “Porque é preciso romper as cercas: do MST ao Jornalismo de Libertação”. A autora é editora da revista bimestral Pobres & Nojentas, de Florianópolis [SC], e pesquisadora no Instituto de Estudos Latino-Americanos da UFSC (IELA).

Serviço:
Lançamento do livro “Em busca da Utopia: os caminhos da reportagem no Brasil dos anos 50 aos anos 90”
Quando: dia 10 de abril, terça-feira, às 19h30
Onde: Pizzaria San Francesco (av. Hercílio Luz, 1131, Centro, Florianópolis).

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Movimento Ponta do Coral 100% Pública faz atividade na quarta, dia 4

O MOVIMENTO PONTA DO CORAL 100% PÚBLICA, em defesa da criação do PARQUE CULTURAL DAS 3 PONTAS de uso público e gratuito, fará atividade que é do interesse do conjunto da Classe Trabalhadora e da População em Geral. Para aprofundar o conhecimento da proposta e do calendário e instrumentos de mobilização, haverá atividade de Apresentação e Debate do projeto do PARQUE CULTURAL DAS 3 PONTAS (de uso e ocupação da área da PONTA DO CORAL, LESSA e GOULART), que ocorrerá no dia 04 de Abril de 2012, quarta-feira, das 15 às 17h, no Auditório do Sindicato dos Bancários, na Rua Visconde de Ouro Preto, 308 – Centro de Florianópolis. Nesta atividade, além da proposta do PARQUE CULTURAL DAS 3 PONTAS, também será apresentada a Lei de Iniciativa Popular e a organização da coleta de assinaturas por 90 dias, para aprovação pela Câmara de Vereadores e pelo Executivo Municipal de Florianópolis.