sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Endereço

Que graça! Em que lugar se pensa tanto na
beleza?!


Marujo de patas

Míriam Santini de Abreu
Era leitosa a tarde, parte dos morros coberta pela neblina. Eu mascava azedinhas sobre um tapete de trevos úmidos ao lado do embarcadouro quando o pequeno cão se aproximou. Queria se despedir. Descobrira um grande segredo: sob as águas daquela tranqüila baía homens cruéis haviam escondido um tesouro. Quando abri os olhos para desfazer a miragem, o pequeno marujo de patas já se largava ao desconhecido.


quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Seminário do Mucap em março

Quando: 5, 6 e 7 de março no Plenarinho da Assembléia Legislativa de Santa Catarina

5 de março

18h: Reunião do MUCAP: avaliação e planejamento do Movimento

6 de março

18h: Transporte Público, com Lúcio Gregório (Secretário de Transporte da gestão da prefeita Luisa Erondina – SP)

7 de março

09h: Organizações Sociais e Privatizações, com Sara Gramemann (Professora da UFRJ)

12h: Almoço na Vigília “Quartel da Liberdade” da APRASC e do Movimento Mulheres que Lutam, na Praça da Bandeira

14h: Organizações Sociais em Santa Catarina: o exemplo do Hemosc e do Cepon, com Mário Zunino (Hemosc)

Após as palestras: debate e formação para a campanha e formação de um projeto de iniciativa popular contra as O.S e em defesa do serviço público.

Contato para inscrições:
mucap@sintufsc.ufsc.br

Experiência e delícia

Míriam Santini de Abreu
Eu às vezes almoço no serviço. Pago uma "quentinha" em um restaurante qualquer no centro de Florianópolis e, quando como, às vezes nem coloco a comida no prato. Fica na "quentinha" mesmo - geralmente apoiada na mão esquerda, e não na mesa - e ainda tenho o hábito de comer sem faca, espetando e cortando tudo com o garfo. Dias desses deixei espantado um colega. - Cruzes, que modos! Me falta finura, admito.
Mas é certo que comer pode ser uma experiência, não só uma necessidade. No Carnaval visitei o Cé e a Val, irmão e cunhada, em Porto Alegre. Os dois têm gosto de preparar delícias. Serviram risoto com alho-poró, que eu só não repeti, depois da terceira vez, porque estava no limite da honra. Pratos, taças, bebida, tudo num impecável serviço de mesa. Tive que admitir: foi uma experiência.

Parque Getúlio Vargas: vida que flui


O Parque Getúlio Vargas, ou dos Macaquinhos, em Caxias do Sul, vivia jogado às traças. Mas, assim como o Parque Cinqüentenário, foi reformado, e agora está assim, ponto de encontro, namoro, caminhada, brisa nas bochechas, vida que flui entre árvores e crianças.

Chimia de figada



Míriam Santini de Abreu
Tive o gosto de mais uma vez participar do ritual de preparo da figada, comandado por minha mãe e minha tia. Lavar, moer, ferver, adoçar e depois despejar a massa viscosa em potes de vidro. E terminar a lida passando a chimia num pão novo! A vizinhança da mãe comenta: - Mas hoje tem tudo no supermercado!
Tem... Mas não a experiência!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

A mão que me alimenta

Elaine Tavares
Nós somos a teia de nossas relações. Ao longo da vida vamos amealhando pessoas com as quais costuramos essa bonita colcha que é nossa existência. E, nesse costurar, vamos tecendo a “família”. Coloco a palavra entre aspas porque entendo que família é algo que está além da consangüinidade. Senti isso neste verão quando, trabalhando, não encontrei aqueles que me alimentam nos dias de labor. Eles, que para muitos são invisíveis, se mostraram absolutamente essenciais para minha existência. Sem estas criaturas, a colcha do meu viver ficou mais feia.
Reparei nisso no dia em que os vi voltar. Era uma tarde quente e, ao escapulir da sala para levar um documento, os percebi lavando mesas e preparando o bar para voltar à ativa. Ali estavam com seus sorrisos e seus rostos iluminados. Enchi-me de alegria, pois eles me faziam falta. Num átimo percebi que estes seres também são minha família. Estão colados em mim. O Emerson, que no escondido da cozinha prepara os lanches, a Elisângela que nunca aparece, mas faz aqueles bolos deliciosos que nos espreitam no vidro. O Leandro, o Éderson, o Itamar e a Bruna que se revezam na azáfama de atender toda a gente nas horas de burburinho, sempre com um sorriso, apesar do cansaço. E o Habdon, que invariavelmente tem um comentário sobre a política da América Latina. Nenhum lanche é servido sem uma boa análise.
Cada um deles, presentes no meu cotidiano, tece parte de mim. É das mãos deles que vem o café, o pastel, o bolo, o sanduíche, a energia que move meu corpo nestas tantas lutas. Por isso, nestes dias de volta às aulas, eu me sinto impelida a agradecer. Porque eles poderiam ser só funcionários do bar, seres anônimos. Mas não são. Estas vidas que vendem sua força de trabalho ao Marcos e Angelis, têm nome próprio, são seres singulares, meus companheiros de classe. Cúmplices no sonho de uma vida boa. Eles no balcão e eu criando mundos com palavras. Trabalhadores, todos nós, conspirando para que chegue a sociedade sonhada, na qual não existam explorados nem oprimidos. Essa coisa boa que chamamos socialismo...

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Todo Poder é triste

"Não há potência má, o que é mau, há que se dizer, é o grau mais baixo da potência, e o grau mais baixo da potência é o Poder. O que é a maldade? É impedir que alguém faça o que pode, que efetue sua potência. De modo que não há potência má, há Poderes maus. Talvez por isto, todo Poder seja mau por natureza. A tristeza está ligada aos sacerdotes, aos tiranos, aos juízes, porque estes proíbem a potência de se expressar. Todo Poder é triste”.
Gilles Deleuze (1925-1995).


O Abecedário de Gilles Deleuze

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Pobres & Nojentas 16 chegou!

A luta das mulheres dos Praças que tomou os quartéis e às ruas em Santa Catarina – um movimento em defesa da dignidade de uma classe de trabalhadores que sofre com os desmandos do Governo Estadual – é a matéria de capa, assinada por Elaine Tavares, da edição número 16 de Pobres & Nojentas que chega às mãos dos nossos leitores a partir de hoje. A luta dos desabrigados pela enchente que atingiu o Estado no final do ano passado também é contada pelas mãos da jornalista Miriam Santini de Abreu nesta edição. Como sempre, a Pobres & Nojentas, vem para dar voz aos marginalizados e mostrar que outra forma de comunicação e jornalismo, além do que se vê mídia burguesa, é possível de ser construída. Vale a pena conferir esta nova edição que abre o ano de 2009. A Pobres & Nojentas também está à venda na banca da UFSC e na da Catedral, em Florianópolis. Não percam!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Movimentos formam Frente contra Aumento da Tarifa

Marcela Cornelli

Confira abaixo o Manifesto contra o Aumento da Tarifa, lido nesta terça-feira, dia 10/2, na Câmara de Vereadores em Florianópolis. O documento foi elaborado como resultado da formação da Frente Contra o Aumento da Tarifa, formada no dia 9/2, em Florianópolis, que mais uma vez vai chamar toda a população às ruas contra o aumento abusivo das passagens de ônibus na Capital e por um transporte público de qualidade e acessível a todos.

A próxima reunião da Frente Contra o Aumento da Tarifa será no dia 16 de fevereiro, às 18 horas, no Sindicato dos Bancários de Florianópolis.

Manifesto Contra o Aumento da Tarifa

Senhores e senhoras parlamentares:

Na noite de ontem (9/2), nos articulamos - militantes do Movimento Hip Hop, Portal Desacato, Centro Acadêmico Livre de Pedagogia (CALPE-UFSC), Movimento Passe Livre (MPL), PT (Partido dos Trabalhadores), UFECO (União Florianopolitana das Entidades Comunitárias), PJ (Pastoral da Juventude), Juventude Avançando (JÁ), Centro Acadêmico Livre de Arquitetura (CALA-UFSC), Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários (SEEB), Associação dos Praças de SC (APRASC), Movimento Universidade Popular (MUP), Movimento Mulheres que Lutam, Movimento das Esposas e Familiares dos Praças, Consulta Popular, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Centro Acadêmico Livre de História (CALH-UFSC), Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), Diretório Central dos Estudantes (DCE-UFSC), Centro Acadêmico Livre de Letras (CALL-UFSC), União da Juventude Socialista (UJS), União Catarinense dos Estudantes (UCE), Núcleo Plano Diretor Participativo da UFSC, Grupo de Ação Feminista (GAFE), Centro Acadêmico Livre de Serviço Social (CALISS-UFSC), TV Floripa, Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual de SC (SINTESPE), Sindicato dos Eletricitários de Florianópolis (SINERGIA), Movimento das Mulheres Trabalhadoras Urbanas (MMTU), Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), União Estadual de Moradia Popular (UEMP/SC), Sarcástico, Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência do Serviço Público Federal no Estado de Santa Catarina (SINDPREVS/SC), Gabinete do Vereador Battisti de São José, Colegiado Estudantil do CEFET/SC, estudantes e independentes – para construir uma mobilização popular para barrar o aumento da tarifa de ônibus e exigir do poder público, soluções urgentes para o transporte coletivo da Grande Florianópolis.

A Frente Contra o Aumento exige a imediata redução da tarifa, que passou de R$2,50 para R$2,70 em dinheiro e de R$1,98 para R$2,10 no cartão. Um reajuste de 6,66% que ultrapassa os 6,17 da inflação baseado no Índice do Custo de Vida, do Dieese. Se somarmos os reajustes desde 1994, início da administração Amin, os números ficam ainda mais dramáticos: de 1994 até agora, a passagem passou de R$0,30 para os atuais R$2,70 em dinheiro ou R$2,10 no cartão. Isso representa simplesmente cerca de 600% de aumento, contra aproximadamente 218% de aumento na inflação do mesmo período. O drama ganha contornos reais se pensarmos que cada passagem custará 0,6% do total do salário mínimo. Multipliquem por todas as vezes que os senhores e sua família utilizam o sistema e entenderão a revolta do povo de Florianópolis.
Exigimos também a municipalização da COTISA – prometida pelo prefeito Dário Berger, há três anos, que poderia reduzir em até 10% a tarifa – e ainda a execução de um novo projeto para cidade, construído pelas forças populares que a ela querem ter acesso.

É imprescindível acabar com a lógica individualista, antipopular, repressiva, adotada pelos governos municipal e estadual de Dário e Luiz Henrique, que rege aspectos vitais como a mobilidade, acessibilidade e a ocupação urbana.

É inconcebível a manutenção do vínculo entre o custo do transporte e a tarifa e a defesa do sistema privado de concessão. O transporte é um serviço essencial que, de acordo com a Constituição, deve ser garantido pelo Estado, assim como a saúde e educação. A Prefeitura de Florianópolis segue uma política óbvia de priorização do transporte individual motorizado com alargamento de vias, construção de mais elevados, apoio à especulação imobiliária, incentivo à entrada de mais automóveis nas ruas. Age completamente na contramão da vontade da população que pede respostas para os congestionamentos, a poluição, o alto preço da tarifa, a péssima qualidade dos ônibus, a falta de horários, a demora nos trajetos.

Florianópolis será lembrada pelas Revoltas da Catraca de 2004 e 2005, pela resistência das comunidades e da juventude aos abusos e das empresas de transporte e do poder público. E mais uma vez a população está disposta a se levantar para ser ouvida, ocupar vias, apitar e protestar na Câmara e Prefeitura da cidade, debater e buscar soluções para os problemas que os governantes não resolvem.

Florianópolis, 10 de fevereiro de 2009.

Frente Contra o Aumento da Tarifa

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Varais ao sol

Míriam Santini de Abreu
Dizem que o sol nasce para todos. Igualmente banhados pelos raios generosos, teríamos as mesmas oportunidades. Mas não. O sol não é social, ele é natural. E a frase de efeito fica assim apenas bonita, mas nada diz da crua desigualdade da nossa existência. Mas então completo a frase: sol nasce para todos os varais. Ah! Os varais são sociais. A roupa no varal conta um pouco do que somos, do que temos. O vestido de baile na segunda, fraldas na quarta, uma camiseta com o escrito AMOR na sexta, tudo pendurado ao sol. Panos cujo formato, cor, acessórios desvendam parte do que nos move.
Todo o serviço de casa me aborrece profundamente, menos lavar roupa e leva-lá à luz e ao ar. No balde, amontoadas, são algo sem forma; presas aos fios, se libertam. Às vezes, quando estendidas, roçam o rosto da gente, suaves, às vezes furiosas quando lhes açoita o vento sul. E então se enrolam numa promíscua confusão de viscose, algodão, náilon. Quando aparece um vizinho ou vizinha na mesma lida, trocamos olhares cúmplices e um sorriso fugaz. Missão comum: evaporar a água dos panos.
Nos dias em que o sol é ardente, gosto de terminar o serviço e depois me debruçar na janela para espiar o processo de secar. Os prendedores enfileirados parecem andorinhas coloridas. Cantos do mundo onde pano e grampo viram roupandorinha. É prazer igual a chegar em casa minutos antes de uma chuva forte de verão, a tempo de recolher a roupa seca e cheirosa.
Dirão talvez que isso seja coisa desimportante. O mundo se contorce e estou eu a meditar sobre varais. Mas respondo que, tantas vezes, os gestos mínimos ou raros, a pequenez, a desimportância podem ser revolucionárias. Tudo banhado pela luz. Dúvida? Voe para http://admiradoresdevarais.blogspot.com/

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

A Filósofa da Pedra


Acontece sempre nas madrugadas em que o vento sul açoita de um modo um pouco mais ostensivo o musgo que cobre as veias da pedra. Então, liberta de seu silêncio absorto, a Filósofa da Pedra, sem bondade nem maldade, sopra inquietações que deslizam rua abaixo, depois rolam, entram em incontida refrega, até se atirarem ao mar. As ninfas que vigiam a entrada da pedra escrevinham garatujas, tentando inutilmente eternizar, em tabuinhas de argila, os impropérios ou as voluptuosas sílabas fundidas no discurso da Filósofa. Sobram fragmentos, muitos deles reproduzidos dia a dia neste blog cujo Verbo vem dos tempos de Set. Quando a Filósofa da Pedra emerge da gruta, visível por apenas 50 milisegundos, envolta em negros cabelos, os olhos latejantes, é audível, sempre, apenas um estilhaço de suas breves palavras:
- Esperem. A grande onda virá...


Blog da Filósofa da Pedra:



A fada de São Chico

Foto de Ana, avó de Fernando Karl, do alto de seus 97 anos.
Uma fada que mora em São Francisco do Sul, SC

Beijos ilhéus ao Karl

Fernando Karl, poeta e jornalista colaborador desta Pobres, completa hoje 48 translações. Recebi Casa de Água, edição comemorativa dos 25 anos de produção poética de Karl. A edição ficou linda e leve. Quem deseja adquirir o livro pode entrar em contato com o Antonio, dono do sofisticado Sebo Dom Quixote, na cidade de São Bento do Sul/SC, e solicitar um exemplar a ele através do contato@sebodomquixote.com.br ou do telefone: (47)3633-5365. Detalhe: o livro só pode ser encontrado no Sebo Dom Quixote. O preço do exemplar é de R$ 30,00 + o valor do impresso registrado (que custa mais ou menos R$ 4,00). Isso significa que, por apenas R$ 35,00, você pode levar para casa 25 anos de dedicação ininterrupta à arte de escrever.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O grande jardim

Míriam Santini de Abreu

Contei a Fernando Karl de meu imenso amor pela obra José e seus Irmãos, de Thomas Mann. José, que adorava a lua sob o terebinto do deserto. E Fernando fez um poema:


O GRANDE JARDIM

Dedico à Míriam

O grande Jardim,
em cuja periferia coberta de moitas andei à toa,
já está fechado para mim.

Alguém que visitasse aquela moça gaúcha em seu terraço grego,
ornado com uma pequena balaustrada
e crivado com vasos de terracota,
a flagraria lendo "José", de Thomas Mann.

Alguém que visitasse esta moça chamada Míriam,
dificilmente poderia imaginar que ela fizera
incursões marítimas pelo Adriático em busca de José,
o belo José.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Relatos sobre a Ilha


Os primeiros europeus que aportaram na Ilha deixaram relatos preciosos sobre a natureza, os habitantes, os primeiros povoamentos. Parte desses relatos de viajantes estrangeiros, que nos visitaram nos séculos XVIII e XIX, virou livro. Um dos viajantes, Antoine Joseph Pernetty, esteve na Ilha em 1763, e assim inicia suas observações:"Foi a 23 (novembro 1763) que nos apercebemos pela primeira vez da terra do Brasil, cerca de 15 léguas de distância; entretanto, pudemos ancorar somente a 29, na baía que forma um canal em volta da Ilha de Santa Catarina".
Num dos trechos do capítulo dedicado à história natural da Ilha e da costa do país, Dom Pernetty traça uma impressão peculiar do ambiente que o cerca, especialmente do manguezal:


"...O ar insalubre deste clima é verdadeiramente a causa da palidez dos brancos que ali habitam. Destes bosques onde o sol jamais penetra, elevam-se vapores densos que formam brumas eternas no alto das montanhas que cercam a ilha. As partes baixas, muito alagadiças, estão igualmente cobertas desde às seis ou sete horas da tarde até às oito horas do dia seguinte, quando o sol as dissipa. Estes vapores possuem em geral um odor lodoso que, com a circulação do ar fechada, parece dissiparem-se para dar lugar a outros que se sucedem. Este ar insalubre é corrigido levemente pela quantidade de plantas aromáticas, cuja perfume suave se faz sentir a três ou quatro léguas do mar, levado pelo vento da terra. Entretanto, fica-se recompensado deste abandono da natureza pela singularidade dos animais e das plantas produzidas por este clima. A ilha é amaldiçoada pelo homem rico que quer gozar, mas é muito cara aos naturalistas..."


Fonte: Ilha de Santa Catarina: relato de viajantes estrangeiros nos Séculos XVIII e XIX. Organizado por Martim Afonso Palma de Haro. Florianópolis: Editora da UFSC/Editora Lunardelli, 1990. (3° ed.) 329p.