sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Toda quinta-feira é dia de Lula Livre




Por elaine tavares

Passavam alguns minutos das duas e meia da tarde quando as mulheres começaram a chegar. Carregavam uma mesa e várias sacolas. O vento forte de uma tarde emburrada dificultava um pouco a montagem da pequena banca, mas as mulheres seguiam tranquilas com seu fazer. Apenas haviam armado a mesinha quando uma senhora já se aproximou:

- O que é que tem aí do Lula Livre, pelo amor de deus?

Imediatamente os cartões de natal começaram a aparecer. É uma campanha que o grupo está fazendo para enviar cartão para o Lula, que está preso em Curitiba.

A senhora estava acompanha de três filhas, que se sentaram em frente à mesa, também escolhendo cartões,  e logo já se estabeleceu um diálogo acalorado de defesa do Lula. “Não vamos deixar o pobrezinho sozinho no Natal”. Enquanto algumas das mulheres atendiam as pessoas na mesa dos cartões, outras iam ajeitando uma grande faixa na escadaria da Catedral, com os dizeres: Lula Livre. O ritual da quinta-feira estava completo. Elas ficariam ali pela tarde afora, até o anoitecer, e durante todo esse tempo a movimentação sempre é grande. Todo o tempo tem alguém que para e quem não para, espia, curioso.

Lucilene Silva é empregada doméstica e trabalha numa casa no centro. Ela vinha apressada, mas quando viu a junção de gente, parou. Ficou olhando de longe até que uma das mulheres se aproximou:

- Quer mandar um cartão para o Lula?

O rosto de Lucilene se iluminou e ela se chegou na mesa, a escolher.

- Eu não entendo como pode um homem como o Lula tá preso. Ele fez tanto por nós. Sinto uma pena dele lá.

A banquinha da quinta-feira em frente à Catedral não é uma coisa de agora. A ideia de uma ação permanente na rua surgiu ainda em 2016 quando se iniciou o processo de golpe contra a presidenta Dilma Roussef. Naqueles dias foi chamada de tenda da democracia. Uma vez por semana a tenda era armada para que a militância petista pudesse dialogar com a população sobre o que estava acontecendo no país. Como os acontecimentos foram se sucedendo, o grupo decidiu permanecer com a tenda, que saiu da Alfândega para a Praça XV.

“Esse é um momento muito difícil para o país. Nós não podemos sair da rua. Temos de conversar com as pessoas, temos de manter viva a chama da democracia. Veja o exemplo da avós e mães dos desaparecidos na Argentina. Elas saem todas as quintas, aconteça o que acontecer. Nós também faremos isso”, insistem.

Uma das mulheres que batem o ponto toda quinta-feira é Suzana Lucrécia Gava. Ela nasceu em Nova Veneza, no interior do estado, e desde bem pequena já era interessada por política. A família era ligada ao velho MDB, mas ela mesma só foi se envolver com movimentos e lutas quando entrou para a faculdade de Psicologia, na UFSC. Era 1979 e o Brasil viva os grandes movimentos de trabalhadores. Tudo aquilo repercutia na universidade e ela naturalmente foi se envolvendo com as lutas estudantis, chegando a participar de um dos primeiros congressos da UNE.

Com a efervescência das lutas sindicais ela não teve dúvidas em se filiar ao Partido dos Trabalhadores logo que ele foi criado. No mesmo período fez concurso para a Caixa e passou, tornando-se bancária e logo se filiando também ao sindicato. Sua militância fortaleceu no movimento dos trabalhadores e ela chegou a dirigir a Associação da Caixa, bem como participar da direção do sindicato dos bancários. Durante esse tempo foi participante ativa do partido.

Mas, uma tendinite crônica fez com que arriscasse outros vôos, fora da Caixa. Entrou no programa de demissão voluntária e foi para a Inglaterra, buscando trabalhar na sua área de formação, a Psicologia. E, mesmo lá, seguiu ativa, trabalhando nas campanhas petistas sempre que possível. Quando Lula finalmente se elegeu presidente ela estava em Londres e pode acompanhar o orgulho que era ouvir sobre ele nos circuitos da capital inglesa. “Só falavam bem dele, era um orgulho”.

Quando aconteceu o golpe contra Dilma em 2016 ela entendeu que era hora de voltar. Retornou para Florianópolis e desde aí tem participado de todas as atividades promovidas pelo partido, desde a defesa da Dilma, até agora todo esse trabalho em prol da liberdade do Lula. Pessoalmente ela teria preferido que Lula não tivesse confiado na Justiça brasileira. Pensa que ele deveria ter pedido asilo, e não passar por tudo o que está passando. “Eu imaginava que era muito grande o que estava por trás, que não iriam deixar ele livre. Mas, respeitei a decisão dele. Ele sempre foi uma cara íntegro, por isso confiou no judiciário. Agora, creio que vai ficar muito tempo preso, a menos que haja uma rebelião. Mas nós não o abandonaremos”.



Margarete Sandrini é outra que parece incansável na tarde ventosa. Carrega caixas, ajeita os cartões, fala ao telefone, conversa com os passantes, se desdobra em mil. “Ela coordena tudo aqui”, dizem as outras. Seu jeito decidido vem das tantas lutas sindicais que já travou. Nascida em Braço do Norte, no interior do estado, ela confessa, entre risos, que quando mais jovem era “meio de direita”.  Seguindo carreira no magistério estadual ela trabalhava em São Lourenço do Oeste e, naqueles dias, como professora, estava mais para a burguesia que para os trabalhadores.

Mas, a vinda para a capital, para fazer pós-graduação, mudou o sentido da vida. Na universidade foi tomando contato com as lutas sociais que se expressavam no campus e acabou militando no sindicato dos professores, aonde mais tarde chegou à coordenação. Quando decidiu filiar-se ao PT entrou para a tendência Convergência Socialista, que inclusive depois saiu do Partido dos Trabalhadores, indo formar o PSTU. “Foi um tempo muito rico pra mim. Aprendi muito com os companheiros do PSTU”.

Margarete voltou ao PT e nessa militância encontrou o padre Vilson Groh, que tem um trabalho importantíssimo nos morros da capital. Com ele, passou a atuar também nesse campo, da luta comunitária, com jovens de periferia. Por conta desse trabalho foi chamada para ser diretora do São Lucas, espaço que abrigava menores infratores, administrado pelo grupo do padre Vilson. Foi mais um aprendizado de luta.

Quando em 2016 aconteceu o golpe contra Dilma ela já estava aposentada e havia decidido viajar pelo mundo. Mas, entendeu que era preciso fazer alguma coisa e voltou para as trincheiras da luta. Começou a participar das atividades da tenda da democracia e logo já estava organizando as caravanas que iam à Brasília e os atos de apoio à presidenta. Depois, quando começou o ataque contra Lula ela deu ainda mais de si. “Eu vi que o Lula ia ser preso, e que a gente teria muito trabalho pela frente. Então, a Lelê me chamou e eu vim”. Sua tarefa era a de arrecadar recursos para as caravanas. “Iniciei uma campanha bem simples. Eu dizia: se tu não podes ir à caravana, então adote um militante, doe. Pois em poucos dias eu já tinha 16 mil reais de doações. Então coloquei tudo à disposição da Luta.

Margarete também pensa que Lula não deveria ter se entregado à justiça brasileira, deveria ter pedido asilo. “Mas, ele jamais faria isso, porque ele preza muito a honra, ele é de uma geração em que a honra é tudo”. Agora, nessa atividade de todas as quintas ela se desdobra, com esperança: “Acho que ele não vai ficar preso muito tempo. Eles já conseguiram o que queriam que era tirá-lo da eleição. Eles pensavam que jogando ele na cadeia ele seria esquecido. Mas, não! Nós estaremos com Lula até o fim”.



Ana Nobre é uma das mulheres que se destaca no grupo das quintas. Ela tem 73 anos e uma disposição de fazer inveja. Sempre vestida com camisetas que estampem a cara do Lula, ela se descola de Palhoça para a atividade de quinta. “Já no ônibus eu venho ajudando o Lula. Seja com a roupa, que chama a atenção, seja falando com as pessoas, porque é uma vergonha o que estão fazendo com Lula”.

Nascida na fronteira com o Uruguai, em Santana do Livramento, a política sempre correu na veia. “Minha família era de maragatos (os revoltosos farroupilhas) e eu sempre estive envolvida com a esquerda”. Decidida a fugir do destino de ser empregada doméstica, que era o que cabia a uma jovem pobre em Livramento, ela pegou o trem e se foi para Porto Alegre quando tinha apenas 14 anos. Queria trabalhar no comércio e chegando lá logo conseguiu emprego. Ela lembra que o seu primeiro voto, aos 19 anos, foi em Leonel Brizola e quando veio o golpe seguiu acreditando que as coisas no Brasil iriam mudar. Empenhada em garantir a existência não chegou a atuar organicamente na oposição, mas estava atenta ao que se passava.

Veio para Florianópolis em 1973 e desde aqui acompanhou o processo de construção da luta dos trabalhadores no ABC. “Meu marido chegou pra mim e disse: vamos ficar de olho nesse metalúrgico. Ele vai dar bom. E deu.” As greves do ABC conduzidas por Lula repercutiam na capital catarinense e Ana se encantava com o rumo que as coisas iam tomando. Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores só em 2001, mas sempre foi simpatizante. E quando Lula finalmente ganhou as eleições ela acreditou que as coisas iriam mudar. “O Lula fez muita coisa pelos mais pobres. Ele mudou a cara do Brasil. Não é possível que as pessoas não reconheçam isso. O Lula não é ladrão e ele vai provar. Nós vamos lutar até que ele saia da cadeia, que aquilo não é lugar pra ele”.



As mulheres da banca de quinta em frente à catedral, cada uma têm a sua história, embora todas elas convirjam para esse momento da luta por Lula Livre.  “Tem gente que ri de nós, que acha essa luta uma coisa ridícula. Mas, pra nós, cada uma dessas ações pelo Lula Livre, seja o acampamento em Curitiba, o bom dia, o boa noite, é um gesto simbólico de que que estamos por perto, estamos com ele. Imagina a solidão dele lá? Saber que aqui fora tem gente lutando por ele, reconforta. Não vamos parar”.

Para a população que para na banquinha, disposta a mandar um cartão para Lula, o sentimento corrente é de que a prisão do ex-presidente é ilegal e injusta. “Não há provas de que ele tenha roubado. Não há nada. Como podem manter o Lula preso sem nenhuma prova enquanto outros aí, pegos com a mão na botija, estão livrinhos da silva? Isso não é justo. Lula tem de ser solto”, comenta Andressa Miotto, trabalhadora no comércio.

Mesmo aqueles que são críticos do Lula e do PT concordam que a prisão do ex-presidente é injusta. “Eu tenho sérias críticas ao PT e ao Lula, mas essa cruzada do Moro contra ele sempre foi uma jogada política. A gente tá vendo aí, o cara agora é ministro. Era o que ele queria, não deixar o Lula ganhar. É tão claro isso que chega a ser vergonhoso. Essa justiça, fazendo o que tá fazendo, faz um mal para o Brasil, porque as pessoas vão perdendo a fé nas instituições. Aí dá nisso que deu”, diz Orlando Costa, estudante, que, embora não tenha assinado um cartão para Lula, parou e fez questão de deixar seu apoio ao grupo que resiste e luta pela liberdade do ex-presidente. “A crítica a seu governo, que preferiu a conciliação, tem de ser feita, mas que a prisão dele é uma farsa, isso é. Deixa o homem livre, inclusive para enfrentar a crítica ao governo que fez”.

E assim a tarde vai passando, com as mulheres em resistência, dialogando com a cidade. Os tempos são brutos, a intolerância e o ódio ao PT são fortes, mas até agora as coisas têm sido tranquilas. “Aconteça o que acontecer, não vamos parar. Todas as quintas, aqui estaremos gritando por Lula Livre”.

quarta-feira, 7 de março de 2018

Florianópolis integra a rede de ação coletiva BRCidades


A professora aposentada da Universidade de São Paulo (USP) Erminia Maricato e o arquiteto e urbanista Paolo Colosso lançaram nesta terça-feira (6) em Florianópolis o Projeto Brasil Cidades (BRCidades), ampla rede de ação coletiva em torno da agenda urbana. A iniciativa já tem Núcleos em cinco cidades (São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba e Belo Horizonte) e, agora, Florianópolis. O Plenarinho da Assembleia Legislativa lotou para a apresentação da proposta, cujo manifesto pode ser lido em https://www.brcidades.org/assineomanifesto 
Lideranças do movimento social e sindical, estudantes, professores universitários, parlamentares e arquitetos e urbanistas acompanharam a exposição sobre o BRCidades, que já tem atividades como, em março e abril, o curso de extensão “Viver na cidade: conflitos, participação e cidadania ativa”, em Itaquera (SP), que é resultado do diálogo com a Igreja Povo de Deus em Movimento (IPDM), a UNIFESP e o Levante Popular da Juventude. Veja abaixo entrevista com Erminia Maricato sobre a realidade nas cidades brasileiras e a proposta do BRCidades.


As cidades revelam a luta de classes e a tensão entre o modelo legal e o modelo real. Como essa discrepância aparece?
Ermínia Maricato - A legislação é de fato modelo; a cidade é uma realidade. Nós temos uma tradição no Brasil, para a qual vários estudiosos chamaram a atenção – Sérgio Buarque de Holanda, Roberto Schwarz – de uma distância entre teoria e prática, entre discurso e prática. São ideias fora do lugar. Então, existe todo um ideário, são valores que, na verdade, sustentam a dominação, o poder e o discurso, mas que não chegam à realidade. Valores liberais, valores muitas vezes igualitários, mas a realidade é profundamente discrepante desses valores. A realidade é muito desigual, é muito desumana mesmo, eu diria, ela guarda raízes escravistas que são muito atuais, que estão muito presentes. Então é disto que a gente está falando. Nós temos um arcabouço legal que é festejado no mundo todo. O Estatuto da Cidade [Lei 10.257, de 10 de julho de 2001], a Política Nacional de Mobilidade Urbana [Lei 12.587, de 3 de janeiro de 2012], esta lei é avançadíssima. Muita gente estuda o Jan Gehl [arquiteto e urbanista dinamarquês, autor do livro Cidade para Pessoas] para aplicar nas cidades brasileiras como se isso fosse possível. Nossas cidades são completamente diferentes das cidades da Dinamarca. Então, eu acho que nós precisamos mergulhar na realidade, tirar o véu que encobre essa realidade das nossas cidades e trabalhar com planejamento, com legislação, para responder a uma realidade que não é só injusta socialmente, ela é injusta ambientalmente. Ela é insustentável. As nossas cidades, por exemplo, comprometem toda a rede hídrica, rios, lagos, córregos, com lixo, com esgoto. No entanto, temos um quadro de leis sobre o meio ambiente avançadíssimo. É disso que a gente está falando. Mas como superar essa distância entre teoria e prática, discurso e prática? É com luta social. Nós precisamos o tempo todo capilarizar a organização social como nós já fizemos nos final dos anos 1970, nos anos 80, organizar um espaço de cidadania, de disseminar informação que contrarie essa dominação ideológica tão forte.

Nesta realidade, o que é o analfabetismo urbanístico e como ele se manifesta, na mídia em especial?
EM – A mídia, especialmente, mas a elite, a classe dominante trabalha com uma representação da cidade que foge muito da realidade. É uma representação ideológica, são signos, símbolos, cartões postais, que mostram uma parte da cidade, uma parte que está muito longe de representar a cidade como um todo. Quando eu falo em combater o analfabetismo urbanístico, é combater junto até às instituições brasileiras. Junto às Assembleias Legislativas, às Câmaras Municipais, e principalmente junto à mídia, que trabalha com aquela representação que é a do mercado imobiliário. E grande parte da nossa população está fora do mercado, ela não ocupa ilegalmente terras porque quer. É porque não tem alternativas. Você tem áreas de proteção ambiental ocupadas de forma irregular e ilegal por uma população pobre que é constrangida a ocupar por falta de alternativas. É muito importante que se diga isso. No capitalismo central, Europa, Estados Unidos, você não tem tanta exclusão em relação ao mercado imobiliário como você tem no Brasil. Aqui ele não chega a 50% da população. Metade da população que queira comprar uma casa própria não consegue ter acesso no mercado formal, residencial, e nem tem acesso às políticas públicas. Quais são as formas de você ter acesso à moradia? Ou é pelo mercado formal ou é por políticas públicas. E nenhum dos dois consegue chegar até a maior parte da população brasileira. E isso faz parte de um conhecimento que fica escondido, que é oculto. E há a dimensão da população que ocupa áreas de proteção ambiental, de proteção permanente, beira de córrego, beira de rios. Aqui em Florianópolis, sei que dunas e áreas de proteção ambiental não são ocupadas apenas por populações de baixa renda. Muitos poderosos também fazem isso. Precisamos conhecer essa realidade. Na hora que a gente conhece, tem que tentar resolver, fazer com que a lei seja cumprida, para termos onde assentar a população pobre em áreas ambientalmente sustentáveis.

Veja o vídeo de Erminia Maricato sobre o analfabetismo urbanístico em https://www.youtube.com/watch?v=9R4S6ZaDniU


A distribuição de renda não basta para se ter igualdade urbana. Como é esse paradoxo?
EM – Temos insistido nisso porque muita gente, em especial a maior parte dos economistas democráticos, acha que a distribuição de renda é suficiente para construirmos um país mais justo e igualitário. Mas eu tenho mostrado que nós tivemos até 2015 um aumento real do salário mínimo e esse aumento real não foi suficiente para cobrir o aumento dos custos de transporte e de aluguel ou o custo da moradia. Com o boom imobiliário e o boom automobilístico no Brasil, de 2009 a 2014, especialmente, foram construídas – pelo menos contratadas - 4 milhões de moradias do Minha Casa Minha Vida, e ao mesmo tempo nós tivemos um aumento acima da inflação do custo de vida, dos aluguéis, do preço da moradia e dos transportes. Então isso quer dizer que não basta distribuir renda, precisa distribuir cidade também.

O que é o BRCidades?
EM – Várias forças políticas, democráticas do país, estão repensando o Brasil, lançando projetos, porque é evidente que nós estamos em um momento de transição, nós findamos um ciclo democrático e estamos lutando pelo início de outro. É muito importante isso, que a luta pela redemocratização do Brasil já começou. Então nós temos planos, o Plano Brasil Nação, O Brasil que o Povo Quer, o plano da Frente Brasil Popular, o plano da Frente Povo Sem Medo. Nós estamos no contexto da Frente Brasil Popular trabalhando o projeto para as cidades do Brasil. Nós estamos divulgando e disseminando a ideia de iniciativas para repensar as cidades brasileiras. O país tem uma diversidade muito grande, não só dentro de cada região como entre regiões, e isso precisa ser pensado territorialmente, localmente. Nós temos um número de profissionais e de estudantes interessados, movimentos sociais, universidades que estão interessadas na proposta e já começaram a trabalhar nela. São várias iniciativas e não apenas de nossa parte, insisto nisso. A gente gostaria de caminhar, depois de um certo momento, para uma unidade de sistematização dessas propostas todas.  

Paolo Colosso, Maria Inês Sugai, professora na UFSC, e Erminia Maricato

Lançamento ocorreu no Plenarinho da Assembleia Legislativa



terça-feira, 6 de março de 2018

Artigas, um caminho

 De todas as maravilhas que já foram feitas pelo nosso povo latino-americano, "La Redota" é uma das mais lindas. mais de 15 mil pessoas seguindo pela imensidão dos campos, armando e desarmando acampamentos, na luta pela libertação. Com o grande Artigas, o povo da Banda Oriental. Nesse documentário contamos essa saga, igualmente buscando uma liberdade que ainda não chegou. produção: Elaine Tavares e Rubens Lopes.