quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Cooperativa de Produção em Comunicação e Cultura promove 2º Café Anticolonial

Com o tema “Saia do mundo virtual e venha confraternizar com a gente”, grupo espera aproximar leitores, parceiros e cooperados

Neste domingo (30), a Cooperativa de Produção em Comunicação e Cultura (CpCC) - a primeira desta natureza no Brasil - promove o 2º Café Anticolonial, confraternização que irá reunir informação e cultura na Pousada Entre Pitangas e Araçás, na Lagoa da Conceição. “Saia do mundo virtual e venha confraternizar com a gente” é o tema do evento, que terá início às 16h e contará com mesa de comes e bebes, sebo de livros e DVDs e a apresentação do projeto da CpCC. A programação cultural ainda conta com apresentação de voz e violão, com o cooperado Gustavo Siqueira.
Na ocasião, também será exibido o documentário Fibra, produzido pela produtora Doc Dois, sobre a Coepad, primeira cooperativa do Brasil formada por portadores de deficiência intelectual. O documentário venceu o Prêmio Júri Oficial de Melhor Filme na Mostra Catarinense do FAM (Florianópolis Audiovisual Mercosul) e ganhou, no mesmo festival, o Prêmio ItapemaFM de melhor filme. As vantagens da alimentação saudável serão apresentadas por meio de palestra, ministrada pelo terapeuta nutricional Jean R. Habkost.
“Esperamos promover um momento de aproximação entre amigos, jornalistas, militantes sociais e culturais, além dos próprios cooperados, oferecendo cultura e informação”, destaca uma das organizadoras do evento e diretora institucional da Cooperativa, Rosangela Bion Assis. Na compra do ingresso, é possível participar da rifa da obra “Il Quatro Stato”, de Giuseppe Pellizza da Volpedo (1901), que retrata trabalhadores em greve, vítimas também do êxodo rural e sugere que o proletariado seja um novo Estado, posterior à Revolução Francesa.
O jornalista e historiador Celso Martins apresentará e comentará seu trabalho para Imagens da Resistência, projeto que resgata a história da Novembrada. O também jornalista e escritor Raul Longo reapresentará e comentará seu último livro, Olorum.
A CpCC destaca que não serão aceitos cartões ou cheques. Para mais informações, entre em contato com Rosangela Bion (9179-9655/robionassis@yahoo.com.br) e Priscila Lopes (9961-4372/pricostalopes@gmail.com).
SERVIÇO
O Quê: 2º Café AntiColonial da Cooperativa da CpCC
Quando: domingo (30), a partir das 16h
Onde: Pousada Entre Pitangas e Araçás (Servidão Carlos Romão Vieira, na Lagoa da Conceição)
Quanto: R$ 15,00 (inclui comes e bebes, menos cerveja, e um número para participar de rifa)

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Celso Martins expõe fotos da resistência

Imagens da Resistência: Florianópolis nos anos 70, do historiador e jornalista Celso Martins, tem a coordenação e produção de Carmem Lúcia Luiz com a curadoria do fotógrafo Radilson Carlos Gomes. O movimento estudantil, as noitadas no Roma, a Novembrada e o cotidiano daqueles tempos integram a mostra.
“Tudo isso fazia parte do meu dia-a-dia, como morador do bairro da Trindade que ameaçava fazer poesia, militava na oposição à ditadura civil-militar e atuava como repórter do jornal O Estado”, conta Martins que não se vê como fotógrafo. “Fotografo no intuito de reportar uma imagem”, explica, “mas onde eu me realizo é como repórter de texto”.
O material que está sendo mostrado é apenas uma ínfima parte do acervo reunido por Celso Martins, a maior parte ainda em negativos que nunca foram ampliados. Munido de uma câmera Canon FTB, ele cobriu os atos da resistência democrática e o dia-a-dia de seus integrantes, além de fatos e eventos pela cidade.
Teve a sorte de conviver com o grupo pioneiro do foto-jornalismo na cidade, reunido no jornal O Estado, como Orestes Araújo, o falecido Rivaldo Souza, Sérgio Rosário e Lourival Bento. “Eu era repórter mas acompanhava as discussões dos fotógrafos sobre a obtenção da imagem, as questões éticas, a revelação, ampliação e edição das fotos”, lembra.
Naquele tempo, profissionais de peso como Tarcísio Mattos, Carlos Silva e Sarará, atuaram no laboratório do jornal, com quem eu “discutia a qualidade dos meus negativos”. Martins também se recorda das primeiras lições com Osvaldo Nocetti (Coca) e Laureci Cordeiro, as aulas com Dario de Almeida Prado e o convívio com outros profissionais.
A mostra tem um formato diferente, com fotos em grandes dimensões, muitas escaneadas e ampliadas a partir de contatos, sem o uso de qualquer programa para alterar seu estado original. Uma pequena instalação vai mostrar como eram processadas estas fotografias, com ampliador, bacias, pinças, cuba e o tradicional varalzinho para a secagem de fotos e negativos.
Na ocasião estarão sendo autografados os livros Os quatro cantos do Sol – Operação Barriga Verde (Florianópolis: EdUFSC, 2006) e Os Comunas – Álvaro Ventura e o PCB catarinense (Florianópolis: Paralelo 27/Fundação Franklin Cascaes, 1995, ambos de autoria de Celso Martins.


Serviço

Mostra
Imagens da Resistência: Florianópolis nos anos 70

Autor
Celso Martins (jornalista e historiador)

Abertura
Dia 25.0.2012 às 19 horas

Permanência
Dias 25 a 27 de setembro

Local
Espaço É A GENTE (rua Júlio Moura, 139, Centro)

Entrada franca

Sessão de Cinema no SINJUSC tem Marighella e debate com a diretora do filme

O Cineclube SINJUSC inicia as suas atividades em grande estilo. A partir das 19 horas da próxima quinta-feira, 27 de setembro, no auditório do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Santa Catarina (Avenida Mauro Ramos, 448), será apresentado o filme “Marighella” e em seguida haverá debate com a diretora Isa Grinspum Ferraz e com o único catarinense integrante da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, o advogado Prudente José Silveira Mello, com mediação do presidente do SINJUSC, Cláudio Del Prá Netto.
Lançado no circuito comercial em julho deste ano, o documentário “Marighella” é a recuperação de parte importante da história do Brasil e o resgate de um dos mais ativos opositores ao regime militar. Ao recontar Carlos Marighella, o filme também provoca questões sempre presentes, como a obviedade da resistência violenta ao Estado violentador. A morte de Marighella por agentes do Estado é também um debate atual, em que se questiona se um Estado democrático pode se negar a punir aqueles que agiram com a força da lei – e das armas, e da tortura - contra a oposição civil. Veja aqui o convite para o dia 27 http://www.youtube.com/watch?v=cSz2RQUZ4lo.
A vinda do documentário Marighella para uma sessão especial e a presença da diretora do filme é uma ação conjunta do Cineclube SINJUSC, do SINJUSC, do Centro de Estudos e Pesquisas em Trabalho Público e Sindicalismo, União Catarinense de Estudantes, TV Floripa, Sinergia, CESUSC e FUNJAB.

Marighella
Filho de operário imigrante italiano e de negra filha de escravos africanos, Carlos Marighella nasceu em Salvador em 1911. Iniciou o curso de Engenharia Civil da Escola Politécnica da Bahia, que abandonou para ingressar no Partido Comunista em 1932. Neste ano, foi preso pela primeira vez, por escrever um poema crítico ao interventor Juracy Magalhães.
Eleito deputado federal constituinte em 1946, foi cassado em 1948 porque o Partido Comunista foi colocado na ilegalidade.  Em maio de 1964, após o golpe militar, é baleado e preso por agentes do DOPS dentro de um cinema, no Rio de Janeiro. Libertado em 1965 por decisão judicial, no ano seguinte opta pela luta armada contra a ditadura. Em fevereiro de 1968 funda o grupo armado Ação Libertadora Nacional. Na noite de 4 de novembro de 1969, Marighella foi surpreendido por uma emboscada na alameda Casa Branca, Em São Paulo. Ele foi morto a tiros por agentes do DOPS comandados pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury. Em 1996, o Ministério da Justiça reconheceu a responsabilidade do Estado pela morte de Marighella.
O escritor Carlos Marighella tem a obra poética reunida no livro “Rondó da Liberdade”. Ele também escreveu “A crise brasileira”, “Minimanual do Guerrilheiro Urbano”, “Pela Libertação do Brasil”, “Alguns Aspectos da Renda da Terra no Brasil”, “Algumas Questões Sobre as Guerrilhas no Brasil” e “Chamamento ao Povo Brasileiro”.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Os zapatistas – hombres de maiz

Elaine Tavares

Essa lenda contou o velho Antônio ao sub Marcos. Que quando os deuses decidiram criar as gentes fizeram um primeiro experimento. E fizeram homens e mulheres de ouro. Eles brilhavam muito, eram bonitos, mas não se moviam, não trabalhavam, porque eram muito pesados.
Então os deuses decidiram fazer os seres de madeira. Esses, homens e mulheres, se moviam, trabalhavam muito. Os deuses pensaram que tudo estava bem, mas, logo perceberam que os homens de ouro haviam se apropriado dos homens de madeira, fazendo com que trabalhassem para eles. Eram seus empregados.

Os deuses não gostaram disso e fizeram outros homens e mulheres, dessa vez de milho. E que esses eram bonitos, falavam a língua verdadeira, se moviam, trabalhavam e subiram as montanhas para fazer o caminho verdadeiro.
Então, disse o velho Antônio que os homens de ouro, brancos, são os ricos, os de madeira, morenos, são os pobres e os de milho são aqueles que os de ouro temem e os de madeira esperam. Então alguém perguntou ao velho de que cor eram os homens de milho.

Ele respondeu: assim como existem vários tipos de milho, os homens de milho têm muitas cores, têm todas as peles, e que ninguém poderia saber quem nem como eles eram, porque tinham como característica não ter um rosto. 

É por isso que os zapatistas usam o pasamontañas (gorro preto). Porque eles são os homens e as mulheres de milho. Podem ser qualquer um. São qualquer um que fale a língua verdadeira e faça o bom caminho.


Veja o vídeo...



quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Dia 14, Debate das Demandas dos Movimentos Populares com as Candidaturas a Prefeito de Florianópolis

Dando sequência ao necessário e urgente processo de discussão democrática das Necessidades Reais da População e os Compromissos das candidaturas à Prefeito e Vereadores de Florianópolis, que se expressam em nossas Redes Sociais e Movimentos, informamos que iremos realizar Debate das Demandas dos Movimentos Populares com as Candidaturas a Prefeito de Florianópolis.

Destacamos que o Debate será realizado no Auditório do SINJUSC, na Avenida Mauro Ramos 448no dia 14 de Setembro, sexta feira da semana que vem, das 19 as 22h e será transmitido ao vivo, em rede pela TV Floripa a cabo e no http://www.tvfloripa.org.br/ e na web pelo Portal Desacato http://desacato.info/ e pela Radio Comunitária do Campeche http://radiocampeche.com.br/. 

Este evento é promovido pela Frente de Luta BATE-PAPO de Lideranças Populares e Sindicais, TV Floripa, Radio Comunitária do Campeche, Portal Desacato, Portal Daqui na Rede, Portal Floripa Quer Mais, Revista Pobres e Nojentas, Fórum da Cidade e UFECO.

Desde já agradecemos sua presença e divulgação nos Facebooks, Fóruns, Redes Sociais e lista de e-mail particular de todos (as). Das candidatura a Prefeito aguardamos o mesmo empenho na participação neste debate, como tem dispensado ao convite de outros setores organizados da sociedade.