Projeto da Revista Pobres & Nojentas, iniciado em 2023, de entrevistas com trabalhadores e trabalhadoras do jornalismo catarinense. Neste episódio ouvimos a repórter Roseméri Laurindo.
A jornalista Roseméri Laurindo é entrevistada do 22º ano do Projeto Repórteres SC. Nascida em Blumenau, filha de operários do setor têxtil e de cristais, ela recorda de um dos primeiros contatos com a escrita: ficar em primeiro lugar em um concurso de redação sobre o Dia das Mães organizado por uma loja local. As primeiras experiências em jornalismo, com uma passagem prévia por agência de publicidade, foram no Jornal de Santa Catarina, o Santa, na sucursal de O Estado em Blumenau e na assessoria de imprensa da Universidade Regional de Blumenau (FURB).
Em 1985, com uma mudança para Florianópolis para estudar o Jornalismo na UFSC, continuou a trajetória no Santa e no jornal O Estado, destacando-se na cobertura política como setorista da Assembleia Legislativa. Foi o período no qual também se envolveu com as lutas do Sindicato dos Jornalistas pela valorização da profissão. Novos desafios profissionais foram levados para Maceió e Salvador, onde trabalharam em jornal e assessoria de imprensa. O ciclo se fechou com o retorno à cidade natal para novamente atuar na FURB, onde coordenou a criação do Curso do Jornalismo, com 10 anos completados em 2023.
A carreira acadêmica no mestrado em Salvador e no doutorado em Portugal inclui passagens como professora na Unidavi, em Rio do Sul, e no Instituto Blumenauense de Ensino Superior (Ibes), em Blumenau. Roseméri também é autora de vários livros, entre os quais se destaca "Jornalismo em três dimensões - singular, particular e universal", resultado de sua tese de doutorado, no qual apresenta o conceito de jornalista-autor e jornalista-marca.
Atualmente, a entrevistada integra a Comissão de Ética do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina e a diretoria da Associação Brasileira de Ensino de Jornalismo (Abej).
Entrevista realizada no dia 14 de agosto de 2024.
Apoio: Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA/UFSC)
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Projeto da Revista Pobres & Nojentas, iniciado em 2023, de entrevistas com trabalhadores e trabalhadoras do jornalismo catarinense. Neste episódio estou ouvindo o repórter Néri Pedroso.
A jornalista Néri Pedroso é 21º entrevistada do Projeto Repórteres SC. Nascida em Cachoeira do Sul (RS), ela viveu parte da infância e da juventude em Santa Maria, para onde a família se mudou quando ela tinha 11 anos. Em Santa Maria, cursou Comunicação Social com habilitação em Jornalismo e passou a trabalhar nos jornais locais Tchê e A Razão. Ali foi se consolidando o interesse pelo jornalismo cultural, que também marcou sua passagem pelo jornal Pioneiro, de Caxias do Sul, onde Néri viveu dois anos e atuou no caderno Sete Dias.
A mudança para Santa Catarina foi em 1988, e de lá para cá um jornalista atuou em diferentes veículos nas cidades de Florianópolis e Joinville. Ela se define como alguém sempre em movimento. Tem na biografia a atuação no Anexo, caderno que circulou no jornal A Notícia e marcou época em Santa Catarina, e o caderno Plural e a coluna Mosaico, do jornal Notícias do Dia.
Sua produção transita entre a escrita de matérias, entrevistas, críticas e perfis biográficos do campo da cultura, registros e fontes para pesquisas com interesse nos estudos da história e memória sobretudo das artes visuais e da dança contemporânea do Estado.
A experiência no jornalismo diário deslocou-se nos últimos anos para o campo editorial, que envolve livros autorais, artigos de crítica e dimensão de publicações. Néri também atua institucionalmente como membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) e como sócia-fundadora do Museu de Arte Contemporânea Luiz Henrique Schwanke (MAC Schwanke), em Joinville, onde exerce a vice-presidência e integra o conselho curatorial. É responsável pela produção de conteúdo e comunicação do Instituto Collaço Paulo – Centro de Arte e Educação, em Florianópolis (SC), escreve para sites e produz, na condição de free-lancer, para revistas e jornais. Ela também atuou em julgamento de editais e ministra cursos e palestras.
Na entrevista, Néri relembra as coberturas que marcaram sua trajetória e analisa o jornalismo cultural na atualidade em Santa Catarina.
Entrevista realizada no dia 11 de julho de 2024.
Apoio: Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA/UFSC)
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Projeto da Revista Pobres & Nojentas, iniciado em 2023, de entrevistas com trabalhadores e trabalhadoras do jornalismo catarinense. Neste episódio estou ouvindo a repórter Ludmila Souza.
A jornalista Ludmila Souza é entrevistada do 20º ano do Projeto Repórteres SC. Nascida no Rio de Janeiro, então Estado da Guanabara, ela mudou-se para Florianópolis com a família aos 11 anos. As primeiras leituras, gravou-se de “Reinações de Narizinho”, de Monteiro Lobato, e desde muito jovem teve na escrita sua forma de expressão. Ao conhecer Machado de Assis, aos 16 anos, soube que, como ele, também se dedicava ao jornalismo.
Formada pela UFSC, numa das primeiras turmas do curso, Ludmila trabalhou no jornal O Estado, no Diário Catarinense e no Notícias do Dia, atuando como repórter e editora de Política e de Mundo em um período no qual os editores eram majoritariamente homens. Ela cita como coberturas marcantes a primeira eleição direta municipal após o fim da ditadura, em 1985, o sequestro dos Brandalise, em 1988, e a visita a Santa Catarina de Luís Carlos Prestes. Naquele período, a cobertura política era o coração do jornal, e Ludmila contou que havia equipes de 15, 20 repórteres, setoristas no coração dos três poderes, veículos e motoristas.
Ainda em 1982, Ludmila trancou a faculdade para fazer intercâmbio, vivendo um ano nos Estados Unidos, e usou a fluência em inglês em outras viagens ao exterior, com Índia e Nepal, e também para as notícias e reportagens na editoria de Mundo. A jornalista publicou o material das agências e incrementou o texto com leituras de revistas estrangeiras. No Diário Catarinense, também fazia uso dos recursos que a internet já propiciava lá no final dos anos 1990.
Ao longo da carreira, Ludmila acompanhou de perto o nascimento de dois jornais, o Diário Catarinense e o Notícias do Dia: “Ver um jornal nascer é um requisito”, afirma. Eram tempos em que, ao contrário de hoje, avalia ela, “os jornais ao menos queriam sair bem na foto”. Na entrevista, ela analisa a imprensa catarinense na atualidade e o papel dos veículos alternativos.
Entrevista realizada no dia 23 de maio de 2024.
Apoio: Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA/UFSC)
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Projeto da Revista Pobres & Nojentas, iniciado em 2023, de entrevistas com trabalhadores e trabalhadoras do jornalismo catarinense. Neste episódio estou ouvindo o repórter Nelson Rolim.
O jornalista Dagoberto Bordin é o 19º entrevistado do Projeto Repórteres SC. Nascido em Caxias do Sul, ele fez o ensino médio no colégio interno em São Paulo, para onde se mudou aos 14 anos, e o curso de Comunicação com habilitação em Jornalismo na UFRGS, em Porto Alegre. Foi na capital gaúcha que Dagoberto iniciou uma trajetória no jornalismo, atuando como revisor no jornal Zero Hora em jornadas nas madrugadas.
A mudança para Florianópolis foi em 1986 para trabalhar no Diário Catarinense. Ainda naquele ano, ele voltou a São Paulo, onde se integrou à redação da extinta Folha da Tarde, do Grupo Folha, tendo depois passado por vários veículos e assessorias e atuado em impressos e no audiovisual. Um das experiências gratificantes na época, conta ele, foi feito por parte da equipe que produzia a série de comerciais "Gente que faz", dos bombeiros do banco Bamerindus, colhendo histórias de vida em diferentes lugares do país.
Em 1998, Dagoberto mudou-se para a Praia da Pinheira, onde hoje se dedica ao jornal Espinheira Santa, à Rádio Comunitária Pinheira e aos projetos da associação Pró-Crep, que desenvolve atividades socioambientais.
Na entrevista, Dagoberto também fala de sua trajetória acadêmica, tendo concluído o doutorado em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde pesquisou processos de patrimonialização e turismo em duas estações de águas termais, Santo Amaro da Imperatriz e Nova Federação/ Argentina. Ele é mestre em Ciências da Linguagem pela Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), instituição na qual também foi professor no curso de Comunicação Social durante 15 anos, dedicando-se ao ensino de redação jornalística.
Entrevista realizada no dia 23 de abril de 2024.
Apoio: Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA/UFSC)
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18 - Entrevista com o repórter Nelson Rolim
Projeto da Revista Pobres & Nojentas, iniciado em 2023, de entrevistas com trabalhadores e trabalhadoras do jornalismo catarinense. Neste episódio estou ouvindo o repórter Nelson Rolim.
O jornalista e editor Nelson Rolim de Moura é o 18º entrevistado do Projeto Repórteres SC. Nascido em Bagé, iniciou os estudos em Porto Alegre, para onde mudou em 1968. Nelson estudou Engenharia na UFRGS e foi presidente do Centro de Estudantes Universitários de Engenharia (CEUE) e do Diretório Central dos Estudantes (DCE). Com a repressão na ditadura militar, foi para Buenos Aires, onde abriu caminhos graças aos livros. Nos anos de chumbo, foi preso três vezes, uma delas no Uruguai, situação que mobilizou familiares e amigos e é detalhada na entrevista.
Em Florianópolis, para onde se mudou em 1976, trabalhou em “O Estado”, pelo qual cobriu a Novembrada, em 1979, na rádio Guarujá, na TV Cultura e em assessorias de governo de 1978 a 1994, ano em que fundou a Livraria Insular . Era uma ideia antiga, desde os tempos de estudante, e na entrevista Rolim contou como ela começou a se concretizar e detalhes projetos como a publicação da obra “História da Nação Latino-Americana”, de autoria de Jorge Abelardo Ramos. A Insular também é reconhecida pelas suas publicações na área de comunicação e jornalismo.
Atualmente, entre outros projetos, o entrevistado dedica-se à Coleção Ponto Final, que tem 38 volumes com fatos e perfis histórico-políticos de jornalistas perseguidos, sequestrados, torturados e executados durante a ditadura militar. Já foram publicados três volumes: “Alberto Aleixo: O jornal do PCB”; “Alexandre Von Baumgarten: nas entradas do monstro”, e “Antonio Benetazzo: Arte na Revolução”.
Na entrevista, Rolim também relembra a experiência do jornal alternativo “Afinal”, da qual participou e que marcou época em Florianópolis com jornalistas como Jurandir Pires de Camargo, Sérgio Rubim, Eloy Gallotti e Ney Vidal. As memórias de Rolim estão contadas no livro “Não esquecemos a ditadura – Memórias da violência”, lançado em 2015.
Entrevista realizada no dia 24 de março de 2024.
Apoio: Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA/UFSC)
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17 – Entrevista com o repórter Raul Fitipaldi
Projeto da Revista Pobres & Nojentas, iniciado em 2023, de entrevistas com trabalhadores e trabalhadoras do jornalismo catarinense. Neste episódio estou ouvindo o repórter Raul Fitipaldi.
Uma vida inteira marcada pelo jornalismo independente, fora das estradas tradicionais. Essa é a trajetória do jornalista Raul Fitipaldi, o 17º entrevistado do Projeto Repórteres SC. Nascido no Uruguai, foi na capital, Montevidéu, que iniciou sua história no jornalismo, fazendo um programa de música brasileira na rádio.
Depois de atuar em outros veículos de comunicação comunitária ainda em Montevidéu, o amor o levou para Buenos Aires, na Argentina, onde batidas ocorreram no jornalismo popular. Foi o amor também que o trouxe para Florianópolis no período em que a capital catarinense experimentou o governo popular de Sérgio Grando, no início dos anos 1990, época de grandes transformações sociais, as quais acompanharam de perto, ocorrendo por dentro do mandato do Grando e também nas comunidades.
A trajetória de Raul está ligada à fundação, em 25 de agosto de 2007, da Cooperativa Comunicacional Sul, que mantém o Portal Desacato, espaço de jornalismo independente que se consolida em Florianópolis com programação diária na página e nas redes sociais, mantendo um perfil internacionalista , sempre conectado com a luta dos trabalhadores.
Na entrevista, Raul fala sobre sua jornada no jornalismo das margens e também sobre os desafios de manter o Portal Desacato, em especial ao longo da pandemia de Covid-19, quando foi necessário ajustar o grau de programação. Ele também abordou a importância da comunicação pública e a avaliação do cenário atual da mídia, no qual os grandes grupos ficam com as palavras públicas, mas não têm compromisso com o jornalismo a serviço dos trabalhadores.
Entrevista realizada no dia 07 de novembro de 2023.
Apoio: Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA/UFSC)
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16 - Entrevista com o repórter Caio Teixeira
Projeto da Revista Pobres & Nojentas, iniciado em 2023, de entrevistas com trabalhadores e trabalhadoras do jornalismo catarinense. Neste episódio estou ouvindo o repórter Caio Teixeira.
Nascido em Porto Alegre (RS), Caio Teixeira passou a infância e a juventude no ritmo da vida urbana proporcionada pelo centro da capital gaúcha. Ele se lembra do primeiro filme que viu no cinema Capitólio, o "Bambi", e devorava as histórias em quadrinhos de Tintin, criadas pela quadrinista belga Hergé, mostrando um jovem repórter de espírito aventureiro a audacioso.
Caio ingressou na UFRGS e, em paralelo, cursou Engenharia Mecânica na Unisinos, em São Leopoldo. Na metade do curso na Unisinos, decidi fazer Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, e todos se encontraram, especialmente nas disciplinas de tevê, que inspiraram incursões no inovador formato Super-8 da Kodak. Concursado na Justiça do Trabalho do RS, Caio participou do processo que levou os servidores públicos a se organizarem não mais em associações e sim em Sindicatos depois da Constituição de 1988.
Em Florianópolis, para onde se mudou com a família em 1987, Caio atuou na Justiça do Trabalho e paralelamente, por sete anos, como jornalista do Sintaema, o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de Santa Catarina, onde criou o boletim Bomba d'Água. Na entrevista, ele fala com entusiasmo sobre as características que fazem o jornalismo sindical emocionar e agitar os trabalhadores e relembrar as grandes lutas sindicais dos anos 1990 e 2000, período em que foi dirigente sindical do Sindicato dos Trabalhadores no Poder Judiciário Federal no Estado de Santa Catarina (Sintrajusc) e da federação nacional, a Fenajufe.
Dos trabalhos desenvolvidos na Assessoria de Comunicação do TRT-SC, o jornalista menciona a série de reportagens do "Justiça em Movimento", que mostra a realidade de trabalhadores de diferentes setores produtivos de Santa Catarina, e na entrevista aborda a importância da comunicação pública.
Hoje, Caio participou da equipe da ComunicaSul Comunicação Colaborativa e cobriu as últimas eleições presidenciais na Argentina, Chile, Colômbia e Equador.
Entrevista realizada no dia 24 de outubro de 2023.
Apoio: Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA/UFSC)
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15- Entrevista com a repórter Ana Paula Lückman
Projeto da Revista Pobres & Nojentas, iniciado em 2023, de entrevistas com trabalhadores e trabalhadoras do jornalismo catarinense. Neste episódio ouvimos a repórter Ana Paula Lückman.
Sob a presença do poeta Cruz e Sousa, na Casa da Literatura Catarinense dedicou a ele, a jornalista Ana Paula Lückman foi a 15º entrevistada do Projeto Repórteres SC. Nascida em Curitibanos, ela mora em Florianópolis, cidade natal de sua família, desde os 8 anos. Ana Paula se formou em Jornalismo na UFSC, fez especialização na UDESC, dois mestrados na UFSC e doutorado na UFRGS, com pesquisas reconhecidas, e está de volta à UFSC cursando Letras/Francês. A jornalista iniciou sua carreira na ANCapital, como repórter e editora de Geral, e desde 2008 é servidora concursada na Diretoria de Comunicação do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).
Ana Paula cita como uma das coberturas que mais a marcaram a enchente de 1995, que teve grande esforço da equipe da ANCapital, suplemento de A Notícia que marcou época por cobrir a vida cotidiana de Florianópolis. Outro trabalho, o serviço da agência Quorum, foi coberto pela incorporação do BESC pelo Banco do Brasil.
Na entrevista, Ana Paula abordou os desafios para fazer comunicação pública, seu campo de atuação no IFSC, onde um trabalho especialmente citado foi o documentário “História recontada: Marcos Cardoso Filho e a ditadura na Escola Técnica”, produzido pelo IFSCTV em 2014. O professor Marcos Cardoso Filho deu aulas na antiga Escola Técnica Federal de Santa Catarina (ETFSC) entre 1973 e 1975 e foi preso pelo governo militar na chamada Operação Barriga Verde, em função de seu envolvimento com o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Produzido a partir de relatório feito pelo Instituto por solicitação da Comissão Estadual da Verdade, o documentário discute as conclusões da realização de audiência da Justiça Militar nas dependências da Escola Técnica, de como Marcos participou como réu, na presença de vários de seus alunos e colegas .
O teórico de referência de Ana Paula em suas pesquisas é Adelmo Genro Filho, pesquisador nascido no Rio Grande do Sul que propôs uma teoria marxista para compreender o jornalismo, e o pensador francês Edgar Morin. A dissertação de Ana Paula venceu o Prêmio Adelmo Genro Filho, da SBPJor, em 2014, e a tese de doutorado foi vencedora do mesmo prêmio em 2021, dobrada inédita para um mesmo pesquisador. A tese gerou o livro "Jornalismo, conhecimento e contexto: pensamento complexo para uma atividade em transformação", publicado em 2020 pela Editora Insular.
Entrevista realizada no dia 10 de outubro de 2023.
Apoio: Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA/UFSC)
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14 - Entrevista com o repórter Sérgio Homrich
Projeto da Revista Pobres & Nojentas, iniciado em 2023, de entrevistas com trabalhadores e trabalhadoras do jornalismo catarinense. Neste episódio ouvimos o repórter Sérgio Homrich.
O projeto Repórteres SC chega ao seu 14º entrevistado, atualmente em Jaraguá do Sul, interior do Estado. É o jornalista Sérgio Homrich. Nascido em Natal (RN), formou-se em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Unisinos, em São Leopoldo (RS). Ao longo da carreira, foi repórter do jornal Diário Catarinense, do jornal O Estado, do jornal Tribuna do Norte, de Natal, e correspondente do jornal Folha de São Paulo também na capital.
De volta a Santa Catarina e morando em Jaraguá do Sul, trabalhou como editor do jornal O Correio do Povo, repórter do jornal A Notícia, repórter da Oficina Comunicação (Joinville) e jornalista do Sindicato dos Trabalhadores do Vestuário, até que fundou, com a companheira, também jornalista Maria Helena de Moraes, a Informa Editora Jornalística Ltda.
Sérgio consolidou carreira no jornalismo sindical, mantendo o Programa Informa Luta no ar há 10 anos, aos sábados, pela Rádio Comunitária Alternativa de Jaraguá do Sul (87,9 FM). É autora, com Maria Helena, do livro "Piso salarial de Santa Catarina - Uma luta para não esquecer", pelo DIEESE-SC, que conta a história desta conquista pelas organizações da classe trabalhadora catarinense.
Na entrevista, ele relembra episódios da cobertura política como repórter e do período em que trabalhou na cidade onde nasceu, analisando também os desafios do fazer fóruns jornalísticos das capitais e do jornalismo sindical.
Como ex-diretor do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina, Sérgio também analisa os desafios da organização dos trabalhadores e trabalhadoras do jornalismo e a cobertura da mídia catarinense sobre as lutas sindicais.
Entrevista realizada no dia 01 de setembro de 2023.
Apoio: Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA/UFSC)
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13 – Entrevista com a repórter Maria Helena de Moraes
Projeto da Revista Pobres & Nojentas, iniciado em 2023, de entrevistas com trabalhadores e trabalhadoras do jornalismo catarinense. Neste episódio ouvimos a repórter Maria Helena de Moraes.
A jornalista Maria Helena de Moraes é a 13ª entrevistada do Projeto Repórteres SC, marcando a série por atuar hoje fora da capital, tendo parte de sua trajetória vivida em Jaraguá do Sul. Gaúcha de São Sebastião do Caí, formada em Jornalismo pela Unisinos, em São Leopoldo, e teve primeira experiência profissional na edição de guias turísticos na Intermédio, em Porto Alegre.
Na década de 80, já em Florianópolis, trabalhou como repórter no jornal Diário Catarinense e depois no jornal Tribuna do Norte, em Natal, para onde se mudou com a família. De volta a Santa Catarina, atuou como assessora de imprensa na Prefeitura Municipal de Jaraguá do Sul por dois períodos, primeiro como contratada e depois por concurso. Naquele período, também foi repórter do jornal Jaraguá News e da sucursal do DC, e à noite lecionava na Educação de Jovens e Adultos no polo João Pessoa, bairro onde mora. Maria Helena abandonou o serviço público ao ser convidada para a função de repórter na sucursal de A Notícia e, em 2001, começou a trabalhar no Correio do Povo até novembro de 2005. Dali, foi para a Informa Editora, da qual é sócia proprietária com seu companheiro, o também jornalista Sérgio Homrich, e redator do Informa Luta, na Rádio Comunitária Alternativa de Jaraguá do Sul.
É autor, com Sérgio, do livro "Piso salarial de Santa Catarina - Uma luta para não esquecer", pelo DIEESE-SC, que conta a história desta conquista pelas organizações da classe trabalhadora catarinense.
Na entrevista, Maria Helena relembra com paixão o tempo em que trabalhou como repórter, destacando as coberturas que marcaram sua trajetória, como a troca de crianças na maternidade, e o clima de camaradagem com colegas. Ela também fala sobre os desafios do jornalismo sindical e analisa a cobertura da mídia catarinense sobre a luta dos trabalhadores, que acompanha de perto por atuar em assessoria sindical.
Entrevista realizada no dia 01 de setembro de 2023.
Apoio: Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA/UFSC)
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12 - Entrevista com o repórter Mário Xavier
Projeto da Revista Pobres & Nojentas, iniciado em 2023, de entrevistas com trabalhadores e trabalhadoras do jornalismo catarinense. Neste episódio ouvimos o repórter Mário Xavier.
O jornalista Mário Xavier adentrou a Casa José Boiteux, na Avenida Hercílio Luz, com um mala repleta de livros, revistas e impressos diversos, cuidadosamente específicos em duas mesas do auditório. Uma vida inteira ali, narrada na 12ª entrevista do Projeto Repórteres SC.
Na entrevista, Mário fala da infância e da juventude vividas em Porto Alegre, onde despertou cedo para o gosto pela leitura e pela música. Aos 15 anos, com a morte prematura do pai, que era médico, professor universitário e gestor público de saúde, Mário precisou procurar emprego e começou a trabalhar como caixa na então maior garagem de estacionamento da capital gaúcha, tornando-se gerente das caixas e lá permanecendo até 1974.
Uma passagem marcante de sua trajetória foi viver um ano nos Estados Unidos como bolsista do AFS Programas Interculturais, estudando na Parsippany High School, de New Jersey, região metropolitana da cidade de Nova York. Ali, lembra-se da forte impressão que lhe causou uma polpuda edição do New York Times sobre o Brasil. De volta a Porto Alegre, passou no vestibular da UFRGS para o curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, formando-se em 1982. Ainda cursando a faculdade, Mário cravou seu trabalho de estreia no jornalismo, pesquisando e redigindo o Guia de Informação e Turismo de Caxias do Sul, tendo até hoje uma minuciosa pauta datilografada e um exemplar do guia.
A chegada a Florianópolis foi em 1985, quando integrou a equipe pioneira de implantação do jornal Diário Catarinense, onde atuou na Editoria de Economia. Ao longo da carreira, Mário foi repórter, assessor de imprensa, articulista, professor, escritor, editor e organizador de livros. É fundador e diretor da Redactor Comunicação desde 1988 e produziu quase uma centena de estudos de casos, mostrando como diversas podem ser a atuação profissional na área de jornalismo.
Dentre suas obras, destacam-se a criação do livro “Polo Tecnológico de Florianópolis: origem e desenvolvimento”; a organização da obra “Univali – A trajetória do ensino superior em Itajaí e em Santa Catarina – 1964-2004”, sobre os 40 anos da universidade; e a consultoria, pesquisa e textos para a obra “O Desafio Ambiental”, da empresa Hering Têxtil, de Blumenau (SC), para distribuição no Brasil e no exterior.
No currículo exibe também a experiência como ombudsman, exercida no jornal A Notícia Capital (ANC) por dois anos, entre 1995 e 1997, sendo pioneiro nesta função no Sul do Brasil.
Na conversa, o entrevistado aborda o tema da aposentadoria, ao qual jornalistas devem ficar atentos, por acompanhar de perto o debate sobre a chamada Revisão da Vida Toda (RVT), luta de aposentados e de aposentadas depois de 1999 e antes de 2019, como foi o caso de Mário, que se aposentou em 2016.
Ao final da entrevista, Mário faz uma bela homenagem a um grande jornalista cujo legado já tem lugar de destaque na história deste século.
Entrevista realizada no dia 22 de agosto de 2023.
Apoio: Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA/UFSC)
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11 - Entrevista com o repórter fotográfico Cláudio Silva da Silva
Projeto da Revista Pobres & Nojentas, iniciado em 2023, de entrevistas com trabalhadores e trabalhadoras do jornalismo catarinense. Neste episódio ouvimos o repórter fotográfico Claudio Silva da Silva.
O repórter fotográfico Claudio Silva da Silva, o Sarará, é o 11º entrevistado do projeto Repórteres SC, em conversa gravada na Praça Getúlio Vargas. Claudio iniciou carreira em Porto Alegre, onde nasceu, e tem na lembrança o avô, Antonio Leonardo da Silva, lendo o Correio do Povo, da Caldas Júnior. Jovenzinho, fez o caminho que era bastante comum nos jornais: office boy, laboratorista e por fim fotógrafo. Em Santa Catarina, trabalhou no Diário Catarinense, no jornal O Estado, em A Notícia e no Notícias do Dia. Nos quatro, destacado-se na cobertura política e esportiva, e na entrevista reflete sobre as particularidades de cada uma para conseguir boas fotos. Também gostamos de cobrir Geral, e suas histórias mostram que ele serve muito bem a máxima de estar no lugar certo na hora certa.
Claudio também contou como capturou para o DC a conhecida imagem do Papai Noel na água, feita em 24 de dezembro de 1995, durante uma enchente que atingiu a Capital. O Papai Noel era Abner Joseph Hora Harris, um dos mais conhecidos de Florianópolis. Outra foto, de violência policial nas manifestações pelo Passe Livre, no início dos anos 2000, revelada em sua missão do ND.
Ao longo de sua carreira, Claudio sempre discutiu o tema dos direitos autorais do trabalho fotográfico e, na conversa, reflete sobre isso e também sobre as mudanças no trabalho provocadas pela era digital. Ele menciona ainda a preocupação com a memória em uma realidade na qual as empresas não cuidam dos arquivos como deveriam.
Ao Repórteres SC, Claudio cita os colegas que foram e são referência em seu trabalho e que se mantêm até hoje, já aposentado, reflete sobre a dobradinha repórter/fotógrafo, aborda o papel da luta sindical e também fala sobre o racismo vivido ao longo da carreira .
Claudio tem três filhos, nove netos e dois bisnetos e mantém viva a inquietação que é uma de suas marcas!
Entrevista realizada no dia 01 de agosto de 2023.
Apoio: Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA/UFSC)
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Projeto da Revista Pobres & Nojentas, iniciado em 2023, de entrevistas com trabalhadores e trabalhadoras do jornalismo catarinense. Neste episódio estou ouvindo o repórter Mário Medaglia.
Foi na casa onde está a Fundação Cultural Badesc, construída nos anos de 1920, que o jornalista Mário Medaglia concedeu a décima entrevistado ao projeto Repórteres SC. Antes de iniciar a conversa, ele gentilmente entregou à equipe um exemplar de seu livro de memórias, intitulado "O menino que corria atrás da notícia", pela Editora Insular, lançado em 2021, com capa ilustrada por Edgar Vasques.
Fazia tempo que os amigos instigavam Mário a contar sua história com o jornalismo. Ele descobriu que não levava jeito, mas um dia começou a escrever e o livro nasceu. O título e a ilustração de capa fazem alusão a um fato da meninice de Mário, quando ele e a garotada procuravam em meio à vegetação uma carga que foi lançada por um pequeno avião no balneário Rondinha Velha, no litoral gaúcho. A carga era o vespertino Folha da Tarde, jornal tablóide da Cia. Caldas Júnior que foi vendido aos veranistas.
Conhecido pela cobertura esportiva, foi nela que Mário iniciou no jornalismo, como repórter da Editoria de Esportes do jornal Zero Hora. Em 1971, quando terminou a graduação em jornalismo na Faculdade dos Meios de Comunicação Social da PUC-RS, fez parte da equipe que fundou o Jornal de Santa Catarina, em Blumenau. Em 1972, veio para Florianópolis e na capital catarinense atuosamente como repórter, editor, correspondente, comentarista e colunista. Também foi assessor da Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte) e membro do Conselho Estadual do Esporte. Na entrevista, ele também falou de sua passagem por Brasília, onde trabalhou na assessoria do Banco Nacional de Crédito Cooperativo e como chefe de redação na RBS TV.
Das coberturas que marcaram sua trajetória, Mário cita o acidente aéreo ocorrido em abril de 1980 envolvendo um avião da Transbrasil, as grandes enchentes em Santa Catarina e episódios saborosos dos Jogos Abertos de SC, que cobria em diferentes cidades, sendo o jornalista esportivo Juca Kfouri uma de suas referências profissionais. Ele também fala sobre as experiências, em diferentes órgãos, como assessor de imprensa.
O cuidado com a memória do jornalismo catarinense faz parte do currículo de Mário e aparece na entrevista. Ele é coautor do livro “O ESTADO – 100 Capas”, e cronista do livro “Loucos e Memoráveis Anos – O Centenário do Jornal O ESTADO”, ambos de 2015, no qual há textos de jornalistas notáveis do estado.
Na conversa com a equipe do projeto, Mário abordou ainda o etarismo – a discriminação por idade – na profissão e nas redações, fato que contrasta com o período no qual a experiência obtida por anos de fazer jornalístico foi valorizada entre os colegas e, em especial , por quem iniciou a profissão. A entrevista é mais uma aula de jornalismo para um jornalista que segue ativo nas redes sociais.
Entrevista realizada no dia 11 de julho de 2023.
Apoio: Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA/UFSC)
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Projeto da Revista Pobres & Nojentas, iniciado em 2023, de entrevistas com trabalhadores e trabalhadoras do jornalismo catarinense. Neste episódio ouvindo o repórter Dario de Almeida Prado Jr.
A entrevista desta edição do Repórteres SC traz as memórias de Dario, nascido em Lins, São Paulo, e que escolheu Florianópolis para trabalhar e viver. Vindo de família tradicional no Brasil, teve boa formação escolar e bem cedo se apaixonou pela leitura. Esse caminho pelo mundo dos livros lhe aprimorou a escrita. Com 15 anos chegou a São Paulo. Era o ano de 1967 e logo já trabalhava como office boy no Conselho Regional de Representantes Comerciais. Mais tarde, foi na Revista Veja que iniciou seu caminho na reportagem, aos 17 anos, sob o comando de Mino Carta.
Tentou o Curso de Administração, mas não deu para nada. Abandonou. E assim, com 20 anos de idade foi convidado para vir para Santa Catarina trabalhar com Sérgio da Costa Ramos. Topou na hora e veio para o jornal O Estado onde baixou a página de Internacional numa época grandiosa do "mais antigo".
Foi uma longa jornada no campo do texto, como repórter especial e criador de projetos, e foi só bem mais tarde que a fotografia entrou em sua vida como uma opção profissional. Uma câmera Canon e um empréstimo no Besc foram as chaves para essa nova função na carreira. Foi trabalhar na Telesc, fotografando projetos de energia rural e fazendo as capas da Listel. A vida naqueles dias era uma usina atômica, com o renascimento do movimento estudantil de Santa Catarina que culminou com a novembro. Dario estava metido nisso, fotografando e militando.
Também participou da produção de um documentário sobre o Contestado fazendo o making off e inventariando o trabalho de fotografia. Foi um momento incrível para Dario porque nesse trabalho vai conhecer pessoas que participaram do conflito. “Um povo que só queria uma vida digna”, se emociona. É o único documentário que tem depoimento dos combatentes.
Dario teve a sorte de estar no lugar certo em momentos importantes da história e pôde aproveitar todas as oportunidades que surgiram. A bebida foi uma pedra no caminho e envolveu reveses, mas, ele deu a volta por cima e segue fazendo coisas, criando, fotografando, lendo e vivenciando as maravilhas do mundo. Essa estrada de mais de 70 anos vívidos, com quase 60 dedicados ao jornalismo e a reportagem é a que vocês vão conhecer agora.
Entrevista realizada no dia 27 de junho de 2023.
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Projeto da Revista Pobres & Nojentas, iniciado em 2023, de entrevistas com trabalhadores e trabalhadoras do jornalismo catarinense. Neste episódio ouvimos o repórter Celso Vicenzi.
Já está no ar mais um episódio da série Repórteres/SC, com o depoimento do jornalista Celso Vicenzi. Ele conta a história do gurizinho que queria ser jogador de futebol e escrever humor, mas que acabou encontrando a estrada do jornalismo. Leitor dos clássicos da literatura, apaixonado pela palavra, o caminho trilhado encontrou a reportagem, esse gênero do jornalismo que exige estofo e trabalho pesado.
Ele relembrou grandes coberturas e deu boas dicas para a geração que hoje está começando no jornalismo. Depois, fora da cena, como a vida é rica e cheia de memórias, deixou registrada uma nova leva de lembranças:
- a série de materiais com a Família Schurmann, com quem passou 45 dias entre a Argentina e o Chile, na segunda volta ao mundo que fez. E foi no período a segunda pior tempestade, ventos de 80 km/h durante 12 horas e rajadas de até 100 km/h.
- uma série de reportagens para o Diário Catarinense sobre a violência contra a mulher, em que usaram nas capas imagens impactantes de Picasso, Munch, Dali, Magritte, Debret e Delacroix, entre outros. E na contracapa apareciam obras de Mondrian. Nos quadrados e retângulos coloridos, colocava um resumo dos BOs de violência praticadas contra as mulheres, apenas com as iniciais delas e dos agressores.
- a experiência de pauteiro da TV Barriga Verde, quando foi implantada em Florianópolis, e fazia parte da equipe, para quem fez muitas pautas, a jornalista Sônia Bridi, que veio a se tornar uma das grandes repórteres da TV do Brasil, com atuação na Rede Globo.
- uma referência a Renan Antunes de Oliveira como exemplo de um grande jornalista de texto. Renan ganhou o Prêmio Esso de Reportagem de 2004, sobre o suicídio do filho de um importante político do RS. “Uma aula de jornalismo”, destacou Celso. O nome da matéria é "A tragédia de Felipe Klein". Vale a pena conferir, além do livro que Renan escreveu sobre as suas principais reportagens.
- a referência às muitas exposições fotográficas quando esteve à frente do Sindicato dos Jornalistas de SC (SJSC), sendo uma delas, no CIC, a World Press International, a maior do mundo, e os 20 anos da Agência Gamma, uma das três maiores faça planeta.
- Também no CIC, traz a exposição dos principais cartunistas brasileiros com show da banda "Muda Brasil Tancredo Jazz Band", com os irmãos Paulo e Chico Caruso, Luis Fernando Verissimo e Reynaldo (do Casseta e Planeta).
- Esse período do Sindicato foi tão intenso que acabou integrando o livro da professora doutora Ilse Scherer-Warren em co-autoria com Jean Rossiaud, intitulado "Democratização em Florianópolis: resgatando a memória dos movimentos sociais". Dez pessoas foram ouvidas no livro, Celso uma delas, como presidente do Sindicato, junto com o padre Vilson Groh, Luci Choinacki, Clair Castilhos, João Carlos Nogueira e outros.
- Mencionei os bons tempos dos frilas, que não existem mais. Celso escreveu durante cerca de uma década para a revista Visão e colegas de redação eram correspondentes da Veja, Folha de S. Paulo, Estadão, Jornal do Brasil, O Globo, Revista Placar e outros.
Entrevista realizada no dia 09 de maio de 2023.
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Projeto da Revista Pobres & Nojentas, iniciado em 2023, de entrevistas com trabalhadores e trabalhadoras do jornalismo catarinense. Neste episódio estou ouvindo a repórter Linete Martins.
A fachada do Teatro do Ubro, no Centro de Florianópolis, foi o local escolhido para a quinta entrevista do Projeto Repórteres SC, realizada nesta terça-feira (4) com a jornalista Linete Martins. Nascida na cidade de Santana do Livramento, fronteira com Rivera, no Uruguai, Linete experimentou as lidas no jornalismo ainda na escola, e a paixão pela profissão levou a iniciar o curso em Pelotas e, mais tarde, reiniciar em Florianópolis, onde já chegou com experiência na área.
Na entrevista, Linete contou como foi a greve histórica dos jornalistas no jornal O Estado, em 1989, provocada por atrasos nos atrasos. Sobre a política de cobertura, em que atuou como jornalista e assessor de imprensa, ela registrou um episódio marcante: a participação em uma coletiva com o então candidato a presidente da República Fernando Collor de Mello na qual, em sua pergunta, apareceu a luta sindical em defesa da categoria.
Linete também falou sobre colegas que foram importantes em sua trajetória e abordaram as mudanças na carreira, hoje voltado para assessoria e consultoria em comunicação em parceria com a filha, a também jornalista Luiza Coan Machado, que acompanhou uma entrevista.
À pergunta final sobre o tema do qual falaria se fosse dar uma aula a jovens jornalistas, refletindo sobre sua própria trajetória, Linete publicou o trecho de uma entrevista feita por ela com o educador Paulo Freire para o Diário da Manhã, de Pelotas. Acompanhe agora.
Entrevista realizada no dia 04 de abril de 2023.
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4 - Entrevista com o repórter Paulo Clóvis Schmitz
Projeto da Revista Pobres & Nojentas, iniciado em 2023, de entrevistas com trabalhadores e trabalhadoras do jornalismo catarinense. Neste episódio ouvimos o repórter Paulo Clóvis Schmitz.
Foi cercado pelos personagens do boi-de-mamão, que nos espiavam na sala de tomada de empréstimo no Mercado Público de Florianópolis, que o jornalista Paulo Clóvis Schmitz, o PC, nos concedeu a quarta entrevista do projeto Repórteres SC.
O lugar, com os janelões de madeira aparando o sol e o vento, não poderia ser mais adequado! PC falou sobre ele em um de seus livros, “Mercado Público e suas histórias” (2013), com o fotógrafo Danísio Silva, obra ampliada a partir da anterior, de 2007, com situações e personagens de um dos mais emblemáticos pontos de encontro da capital catarinense.
Com o caderno de anotações no colo, PC falou sobre a infância no Quilombo, no oeste do estado, onde, na Biblioteca da Prefeitura, descobriu o mundo das histórias. Em Florianópolis, cursando Letras, começou a trabalhar no jornal O Estado, onde ficou por uma década, e nas décadas seguintes foi afinando a experiência como repórter, colunista, editor, editorialista, cronista, assessor de imprensa e também escritor, além de ter atuado como professor.
Na entrevista, PC analisa a cobertura da cidade pela imprensa e avalia o atual cenário jornalístico da capital e do estado e as consequências para a produção de reportagens. Ele fala ainda sobre as coberturas que fizeram na área de cultura, tendo entrevistado artistas de diferentes áreas, e relembrando os assuntos nascidas de acontecimentos imprevistos ocorridos em lugares onde ele estava de passagem. Como diziam na redação, é um desses repórteres que a notícia procura.
PC, que bom para o jornalismo catarinense que você existe!
Entrevista realizada no dia 21 de março de 2023.
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3 - Entrevista com o repórter de rádio Júlio Castro
Projeto da Revista Pobres & Nojentas iniciado em 2023 de entrevistas com trabalhadores e trabalhadoras do jornalismo catarinense.
O projeto Repórteres SC apresenta hoje o repórter fotográfico Sérgio Vignes, entrevistado na frente da Kibelândia, por Victor Meirelles, uma das ruas que expressam a boêmia urbana no Baixo Centro de Florianópolis.
Vignes contornou como foi o primeiro contato dele com a fotografia, ainda menininho. Ao longo da entrevista, ele detalhou a atuação na FATMA, hoje IMA (Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina) e narrou os fatos que levaram aos belos registros fotográficos que fez de Franklin Cascaes, pesquisador do folclore ilhéu, em 1982. Vignes falou ainda sobre o trabalho desenvolvido para o Instituto Observatório Social, ligado à CUT, suas experiências no fotojornalismo e também a prática da fotografia urbana no Centro de Florianópolis, que divulga pelas redes sociais, documentando assim o cotidiano urbano do Centro de Florianópolis.
Essa segunda entrevista contou com o trabalho do cinegrafista Felipe Maciel Martínez, da repórter fotográfica Rosane Lima, que fez as fotos dos bastidores, e de Elaine Tavares e Míriam Santini de Abreu na entrevista.
Entrevista realizada no dia 7 de fevereiro de 2023
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Projeto da Revista Pobres & Nojentas, iniciado em 2023, de entrevistas com trabalhadores e trabalhadoras do jornalismo catarinense. Neste episódio estou ouvindo o repórter Edson Rosa.
Gravado no histórico Largo da Alfândega, no Centro de Florianópolis, o primeiro episódio do projeto Repórteres SC está na nuvem, trazendo a beleza da história e do trabalho do repórter Edson Rosa. Nascido na capital, Edson fala sobre sua infância e juventude, o primeiro trabalho, ainda muito jovem, lidando com jornal, a passagem por jornais de Santa Catarina, a parceria com colegas nas coberturas e a relação com a vida e as pautas que pululam na cidade , prontos para quem tem olhos para ver e ouvidos para ouvir.
Entre outras premiações, em 2016 Edson recebeu o Prêmio Dakir Polidoro de Imprensa, uma das principais homenagens a comunicadores no Estado, em sessão solene na Câmara Municipal de Vereadores. Ele é reconhecido por suas matérias sobre a cidade e o meio ambiente, tendo especial apreço por tudo que envolve a pesca, os pescadores e o mar.
Na conversa aparecem histórias deliciosas, como a da “isca” ele que usou para convidar à reportagem uma família de gaviões carcará que habitava as copas das árvores da Praça 15. O texto, com as fotos de Daniel Queiroz, pode ser lido em https: //ndmais.com.br/noticias/em-extincao-familia-de-gavioes-carcara-reina-entre-as-copas-das-arvores-de-florianopolis/
A costura da memória trouxe, pela fala de Edson, outros e outros repórteres, repórteres fotográficos e cinegrafistas, pauteiros, editores e também motoristas que fizeram história no jornalismo catarinense e que serão entrevistados no decorrer do ano.
Entrevista realizada no dia 25 de janeiro de 2023.
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