quinta-feira, 17 de abril de 2008

Casinha de panelas

Míriam Santini de Abreu
No porão de minha tia-avó, uma paneleiro da série "INSFM": isso não se faz mais. Minha mãe tinha um desses, prateado, um pouco descascado. Nele, não bastava jogar as panelas, como se faz hoje nesses balcões modernos de cozinha. Era preciso encaixá-las com paciência, as menores nas maiores, as com com cabo sempre as mais rebeldes. Às vezes, na pressa do encaixe, as panelas caíam do paneleiro em grande algazarra, era preciso começar tudo de novo. Poupam-nos o tempo hoje, mas esse tempo poupado era antes gasto nesses gestos ditos desnecessários. Seriam desnecessários?

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