domingo, 27 de janeiro de 2008

Goiabeiras e lagartixas

Míriam Santini de Abreu

Diz o Pepe que a árvore atrás do muro do nosso prédio é uma goiabeira. Não vi goiabas nela. Tanto faz. Uns passarinhos miúdos adoram fazer algazarra ali, e digo miúdos porque pouco entendo de pássaros. O rabinho deles é comprido, o corpinho é meio pardacento. O caso é o seguinte: no cinza brutal do asfalto e do concreto que, cada vez mais, dominam a paisagem das cidades, inclusive de Florianópolis, ter uma árvore por perto é uma benção vegetal. Ainda mais abençoante se nela há pássaros. Dia desses atearam fogo ao longo do muro, coisa bem assustadora. Sorte que as chamas não atingiram a minha goiabeira.

Dentro de casa também recebo a visita de uma lagartixa, que chamo de Zoiúda, nome de um conto de Luiz Vilela que pode ser lido em http://www.releituras.com/i_minduim_lvilela.asp

Os bichos estão cada vez mais urbanos.


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