Extraído do UOL Notícias
Um relatório divulgado no dia 4 pelo GGB (Grupo
Gay da Bahia) informa que 198 homossexuais foram mortos no Brasil no ano
passado por homofobia, nove a mais do que em 2008. De acordo com a entidade
baiana, que há três décadas coleta informações sobre homofobia no país,
Bahia e Paraná foram os Estados que registraram o maior índice de homicídios
contra homossexuais (25 cada um).
Segundo o antropólogo Luiz Mott, um dos fundadores do GGB, dentre os
homossexuais assassinados no ano passado, 117 eram gays, 72, travestis, e
nove, lésbicas. "Mesmo com todos os programas lançados pelo governo federal,
o Brasil é o país com o maior número de homicídios contra lésbicas, gays,
bissexuais e travestis", disse Mott, professor aposentado da UFBA
(Universidade Federal da Bahia).
"A cada dois dias um homossexual é assassinado no Brasil e
precisamos dar um basta nesta situação", afirmou Marcelo Cerqueira,
presidente do GGB. Segundo o grupo baiano, o levantamento que contabilizou o
número de gays mortos foi feito em delegacias, publicações em jornais e
revistas, Internet e por outras entidades que lutam pelos direitos dos
homossexuais. "Isto demonstra que o número deve ser ainda maior, porque
muitas famílias têm vergonha de revelar que possuem parentes homossexuais",
acrescentou Luiz Mott.
O número de gays assassinados no Brasil tem aumentado nos últimos
anos. Em 2007 foram 122. "Depois do Brasil, o México (35) e os Estados
Unidos (25) foram os países mais homofóbicos em 2009", disse Marcelo
Cerqueira. Os dados do GGB revelam, ainda, que entre 1980 e o ano passado
foram mortos 3.196 gays no Brasil. Entre as vítimas estão padres,
pais-de-santo, professores, profissionais liberais, profissionais do sexo e
cabeleireiros. Do total das vítimas, 34% foram mortas com armas de fogo, 29%
(arma branca), 13% (espancamento) e 11% (asfixia). Os demais 13% foram
mortos por outras modalidades.
Segundo o professor de filosofia Ricardo Liper, da UFBA, "mesmo em
crimes envolvendo drogas e outros ilícitos, a condição homossexual da vítima
sempre está presente, fruto da homofobia cultural e institucional que
impregna a mente dos assassinos". "Se a Secretaria Especial de Direitos
Humanos da Presidência da República não implementar as deliberações do
Programa Brasil Sem Homofobia, vamos denunciar o governo brasileiro junto à
Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da Organização dos Estados
Americanos (OEA), e à Organização das Nações Unidas (ONU), pelo crime de
prevaricação e lesa humanidade contra os homossexuais", disse Luiz Mott.
Um relatório divulgado no dia 4 pelo GGB (Grupo
Gay da Bahia) informa que 198 homossexuais foram mortos no Brasil no ano
passado por homofobia, nove a mais do que em 2008. De acordo com a entidade
baiana, que há três décadas coleta informações sobre homofobia no país,
Bahia e Paraná foram os Estados que registraram o maior índice de homicídios
contra homossexuais (25 cada um).
Segundo o antropólogo Luiz Mott, um dos fundadores do GGB, dentre os
homossexuais assassinados no ano passado, 117 eram gays, 72, travestis, e
nove, lésbicas. "Mesmo com todos os programas lançados pelo governo federal,
o Brasil é o país com o maior número de homicídios contra lésbicas, gays,
bissexuais e travestis", disse Mott, professor aposentado da UFBA
(Universidade Federal da Bahia).
"A cada dois dias um homossexual é assassinado no Brasil e
precisamos dar um basta nesta situação", afirmou Marcelo Cerqueira,
presidente do GGB. Segundo o grupo baiano, o levantamento que contabilizou o
número de gays mortos foi feito em delegacias, publicações em jornais e
revistas, Internet e por outras entidades que lutam pelos direitos dos
homossexuais. "Isto demonstra que o número deve ser ainda maior, porque
muitas famílias têm vergonha de revelar que possuem parentes homossexuais",
acrescentou Luiz Mott.
O número de gays assassinados no Brasil tem aumentado nos últimos
anos. Em 2007 foram 122. "Depois do Brasil, o México (35) e os Estados
Unidos (25) foram os países mais homofóbicos em 2009", disse Marcelo
Cerqueira. Os dados do GGB revelam, ainda, que entre 1980 e o ano passado
foram mortos 3.196 gays no Brasil. Entre as vítimas estão padres,
pais-de-santo, professores, profissionais liberais, profissionais do sexo e
cabeleireiros. Do total das vítimas, 34% foram mortas com armas de fogo, 29%
(arma branca), 13% (espancamento) e 11% (asfixia). Os demais 13% foram
mortos por outras modalidades.
Segundo o professor de filosofia Ricardo Liper, da UFBA, "mesmo em
crimes envolvendo drogas e outros ilícitos, a condição homossexual da vítima
sempre está presente, fruto da homofobia cultural e institucional que
impregna a mente dos assassinos". "Se a Secretaria Especial de Direitos
Humanos da Presidência da República não implementar as deliberações do
Programa Brasil Sem Homofobia, vamos denunciar o governo brasileiro junto à
Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da Organização dos Estados
Americanos (OEA), e à Organização das Nações Unidas (ONU), pelo crime de
prevaricação e lesa humanidade contra os homossexuais", disse Luiz Mott.
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