Elaine Tavares
Outro dia, numa dessas atividades acadêmicas, fui confrontada com uma situação da qual quase não me lembro, mas que outras pessoas fazem questão de lembrar. Não sou professora. Convidada que fui para dialogar com um aluno sobre seu projeto de mestrado que trata do povo boliviano, lá fui toda serelepe, porque gosto de saber que na academia ainda tem gente que se preocupa em estudar coisas que verdadeiramente interessam, como neste caso, a retomada da identidade do povo aymara e a proposta do Sumac Qamaña (o bem viver).
Então, foi a vez de me apresentarem. Como sempre eu abrevio a apresentação. Elaine Tavares, jornalista. Ao que a professora responsável pela atividade redargüiu: “- só jornalista?” Pois é. Sou isso. Só jornalista. Nem doutora, nem professora, nem coisa nenhuma mais que jornalista. Talvez, para a academia, coisa menor. Mas, para mim, coisa maiúscula. Sou jornalista, destas que pensa o mundo, que narra, que contextualiza, que estuda a história, que busca nexos, que caminha com os empobrecidos, que rastreia a vida das gentes, que opina, que interpreta, que se emociona, que sente raiva, que investiga.
Sou jornalista. E é bom repetir isso. Porque, afinal, esse fazer humano anda tão desgastado. Sou jornalista e me compraz esse comprometimento com a vida mesma, essa coisa sublime que é decodificar os discursos prolixos e compartilhar o conhecimento com as pessoas, doutoras ou não. Encanta-me encontrar alguém na rua que, sabendo da minha condição de jornalista diz: “gostei daquele texto teu. Tão `simplinho´ que eu entendi tudo”. Esse é meu prêmio, minha estatueta de ouro. Quando as palavras que eu faço nascer caminham nas gentes.
Dentro da universidade parece que não importa muito o que a gente faz, e sim os títulos que temos. Isso às vezes incomoda, mas é só um segundo, porque nos faz lembrar a eterna rixa entre professores e técnicos, que não acaba nunca e que é tão burra. Mas, enfim, para aqueles que realmente importam, que são os estudantes que auscultam a vida real, pessoas como eu ainda têm valor. Não sou professora, nem doutora, e isso não me dói. São as escolhas. Sou jornalista e isso é muito bom!
Outro dia, numa dessas atividades acadêmicas, fui confrontada com uma situação da qual quase não me lembro, mas que outras pessoas fazem questão de lembrar. Não sou professora. Convidada que fui para dialogar com um aluno sobre seu projeto de mestrado que trata do povo boliviano, lá fui toda serelepe, porque gosto de saber que na academia ainda tem gente que se preocupa em estudar coisas que verdadeiramente interessam, como neste caso, a retomada da identidade do povo aymara e a proposta do Sumac Qamaña (o bem viver).
Então, foi a vez de me apresentarem. Como sempre eu abrevio a apresentação. Elaine Tavares, jornalista. Ao que a professora responsável pela atividade redargüiu: “- só jornalista?” Pois é. Sou isso. Só jornalista. Nem doutora, nem professora, nem coisa nenhuma mais que jornalista. Talvez, para a academia, coisa menor. Mas, para mim, coisa maiúscula. Sou jornalista, destas que pensa o mundo, que narra, que contextualiza, que estuda a história, que busca nexos, que caminha com os empobrecidos, que rastreia a vida das gentes, que opina, que interpreta, que se emociona, que sente raiva, que investiga.
Sou jornalista. E é bom repetir isso. Porque, afinal, esse fazer humano anda tão desgastado. Sou jornalista e me compraz esse comprometimento com a vida mesma, essa coisa sublime que é decodificar os discursos prolixos e compartilhar o conhecimento com as pessoas, doutoras ou não. Encanta-me encontrar alguém na rua que, sabendo da minha condição de jornalista diz: “gostei daquele texto teu. Tão `simplinho´ que eu entendi tudo”. Esse é meu prêmio, minha estatueta de ouro. Quando as palavras que eu faço nascer caminham nas gentes.
Dentro da universidade parece que não importa muito o que a gente faz, e sim os títulos que temos. Isso às vezes incomoda, mas é só um segundo, porque nos faz lembrar a eterna rixa entre professores e técnicos, que não acaba nunca e que é tão burra. Mas, enfim, para aqueles que realmente importam, que são os estudantes que auscultam a vida real, pessoas como eu ainda têm valor. Não sou professora, nem doutora, e isso não me dói. São as escolhas. Sou jornalista e isso é muito bom!
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