Míriam Santini de Abreu
Sempre detestei levantar cedo. E adoro a madrugada, o silêncio que embala o nascimento de palavras e enriquece as leituras. Estar acordada enquanto metade do mundo dorme. Mas, quando tinha uns 13, 14 anos, era com prazer que eu pulava da cama para acompanhar a mãe à feira. Subíamos, com um carrinho de metal, a rua inclinada da cantina Antunes, em Caxias do Sul, para enchê-lo na movimentada feira do bairro Panazzolo.
Ah, aquilo era êxtase!
A mãe me xingava:
- Míriam, escolhe essas batatas de uma vez! – Míriam, não vê que essa rúcula tá feia!? – Meu Deus, guria, te mexe!!!
E eu, que sou de natureza indolente e contemplativa, jogava as frutas, verduras e legumes de qualquer jeito nos sacos. Queria mesmo era absorver aquela cornucópia de cores, cheiros, texturas. De gente. E olhava em volta para ver se havia conhecidos só para espalhar bons dias e ter cúmplices do meu secreto contentamento.
Que havia naquela feira? Ou era aquela idade?
Sempre detestei levantar cedo. E adoro a madrugada, o silêncio que embala o nascimento de palavras e enriquece as leituras. Estar acordada enquanto metade do mundo dorme. Mas, quando tinha uns 13, 14 anos, era com prazer que eu pulava da cama para acompanhar a mãe à feira. Subíamos, com um carrinho de metal, a rua inclinada da cantina Antunes, em Caxias do Sul, para enchê-lo na movimentada feira do bairro Panazzolo.
Ah, aquilo era êxtase!
A mãe me xingava:
- Míriam, escolhe essas batatas de uma vez! – Míriam, não vê que essa rúcula tá feia!? – Meu Deus, guria, te mexe!!!
E eu, que sou de natureza indolente e contemplativa, jogava as frutas, verduras e legumes de qualquer jeito nos sacos. Queria mesmo era absorver aquela cornucópia de cores, cheiros, texturas. De gente. E olhava em volta para ver se havia conhecidos só para espalhar bons dias e ter cúmplices do meu secreto contentamento.
Que havia naquela feira? Ou era aquela idade?
Um comentário:
Que havia na minha minha bolinha de recheio de agnolini? Contestadora! Beijão.
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