segunda-feira, 13 de abril de 2009

A Serra em mim III – Lugar de rugosidades

Casarões: patrimônío do século 19


90 edificações são tombadas pelo Condephaat

Igreja Matriz dedicada a São Luiz de Tolosa



Ruas com pedras pé-de-moleque



Mercado Municipal de São Luiz

"Rugosidades" cheias de colorido



Vista geral

Chafariz com monumento em homenagem ao Teatro

Igreja Nossa Senhora do Rosário
Míriam Santini de Abreu

São Luiz do Paraitinga tem 90 edificações do século 19 tombadas pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado de São Paulo). São as “rugosidades” do ciclo do café, lá no século 19. Rugosidade, explica o geógrafo Milton Santos em um dos seus livros, é o que fica do passado como forma, espaço construído, paisagem. É o que resta do processo de eliminar, acumular, sobrepor, “com que as coisas se substituem e acumulam em todos os lugares”.
É assim com a Igreja Matriz dedicada a São Luiz de Tolosa e a Igreja Nossa Senhora do Rosário, construídas no século 19. A segunda foi feita em taipa sobre alicerce de pedras da região. Na lateral direita a Igreja é cercada por um muro de pedras construído por escravos. Hoje compõem o Largo do Rosário uma Praça e um Chafariz, com monumento em homenagem ao Teatro, daí o nome Largo do Teatro. Duas ruas ainda mantêm as pedras em pé-de-moleque, também construídas por escravos.
Eu dei tantas voltas naquelas ruas estreitas que, no final do segundo dia, as pessoas já me cumprimentavam. Despedimo-nos, eu e Rogério, de um casal de São Paulo, com quem entabulei conversa na frente de uma lanchonete. Meia hora depois, cruzamos novamente com eles na outra ponta do centro de São Luiz. Já éramos dali.

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