Míriam Santini de Abreu
Fiquei quase toda a semana fora. Voltei, como fui, sob um tempo pesado. A ponte iluminada, o Centro da cidade já aquietado, quase 9 da noite. Eu com uma sensação de não saber o que fazia ali, o que fazia em qualquer lugar. Com a bolsa pesada, ainda passei no cachorro-quente do Afonso. Em casa, o chuveiro não esquentou. Um silêncio medonho. Tenho que dizer àquela menina de sete anos que deixei lá atrás que a maioria dos projetos dela não deu certo, e o que deu ficou cambaleante ou entortado. Ela me busca ou eu devo encontrar-me com ela? Escutei no ônibus uma música da qual gostava em algum tempo entre a infância e a juventude. Ainda gosto.
http://www.youtube.com/watch?v=XUXwBQnyEZw
Fiquei quase toda a semana fora. Voltei, como fui, sob um tempo pesado. A ponte iluminada, o Centro da cidade já aquietado, quase 9 da noite. Eu com uma sensação de não saber o que fazia ali, o que fazia em qualquer lugar. Com a bolsa pesada, ainda passei no cachorro-quente do Afonso. Em casa, o chuveiro não esquentou. Um silêncio medonho. Tenho que dizer àquela menina de sete anos que deixei lá atrás que a maioria dos projetos dela não deu certo, e o que deu ficou cambaleante ou entortado. Ela me busca ou eu devo encontrar-me com ela? Escutei no ônibus uma música da qual gostava em algum tempo entre a infância e a juventude. Ainda gosto.
http://www.youtube.com/watch?v=XUXwBQnyEZw
2 comentários:
Talvez tenha de dizer àquela menina que outros projetos se construíram, e que esses outros se fizeram belos e que a mulher que hoje te olha no espelho criou tantas coisas lindas, e tem tantas outras a criar.. que só por deus....
Às vezes, o melhor caminho é aquele que vamos fazendo ao caminhar...
Oi Mimi! Acabei de ver um filme francês chamado "Com amor, da idade da razão...", com a Sophie Marceau. É a história de uma mulher de 40 anos que esqueceu que foi uma menina de 10. De uma forma misteriosa ela resolve, com muitos entraves, rever essa menina e se redescobrir. Muito parecido com que tu descreveste.
Recomendo o blog do Fabrício Carpinejar, do qual tornei-me leitor assíduo. Como a pobres, de uma maneira igualmente lírica, ele vasculha o Rio Grande atrás de histórias de gente simples.O homem da rapadura que sustentou sete filhos vendendo doces no ônibus, o barqueiro que transporta gente em Rio Grande, a anunciadora de filmes do cinema de Pelotas... enfim estão lá. Dá uma espiada lá.... Tantas coisas para te contar, mas te conto que o mais urgente é que estou de mudas para sampa. Começo novo emprego lá no dia primeiro em uma escola. Motivo para recomeçar novamente e morar de lá, de onde não deveria ter saído. Depois te conto. Mais um ciclo aqui em Caxias se fecha, em meio a muita cerração, frio, e ensimesmamento. Agora quero viver a vida da pela, flannar pelas ruas sujas de sampa, ir ao cinema, participar de uma leitura viva nos porões do masp às segundas, tomar meu café no Starbucks, aproveitar os ciclos do cine Sesc, sentir aquela agitação para me aquietar novamente. Vê se vai me visitar agora... Bjsss Samuel
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