Elaine Tavares
Que não viu o filme belíssimo do Zeca Pires, A Antropóloga, agora poderá curtir ainda na telona. É que o filme voltou para o cinema no Cinespaço Beiramar, depois de uma temporada de sucesso logo depois do lançamento. Como acontece com a maioria dos filmes nacionais, o projeto do cineasta catarinense entrou em cartaz e ficou pouco tempo, apenas dois meses. Na verdade, por conta do sucesso de público ele até durou bem mais do que a maioria dos filmes brasileiros, mas ainda não foi suficiente para que toda a gente pudesse curtir. A temporada começou nesta sexta-feira, dia 28, sempre às 18h50min, na Sala 5.
Agora, com o retorno à tela grande, mais pessoas poderão vibrar com a beleza da história passada na histórica comunidade da Costa da Lagoa.O enredo envolve um antropóloga portuguesa que se depara com toda a magia da ilha, e que fica dividida entre a ciência e que não se explica pela racionalidade moderna.
O filme nos carrega para toda a atmosfera da vida profunda desta ilha de Florianópolis, com sua cultura centenária, o culto ao mágico, a presença poderosa das mulheres que dominam as plantas e a arte de curar. Especial atenção à atuação do ator local Eduardo Bolina, que faz o pescador. A cena em que ele é levado pela bruxas tende a se tornar uma cena clássica no cinema catarinense. É de uma beleza alucinante. Nada mais justo a um ator que tem batalhado muito para se afirmar na sua própria terra.
Sobre o Zeca Pires não há muito o que dizer. Ele é o nosso cineasta mais querido, sempre batalhando pelo cinema catarinense. Com esse longa ele se afirma na história local, não só como um diretor de qualidade, mas como um homem que, podendo enveredar pelas trilhas do sucesso fácil, prefere contar de seu mundo, às vezes não tão fácil de se entender.
A Antropóloga é um filme que todos os catarinenses deveriam ver.
Mais informações e fotos no site:www.aantropologa.com.br
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