terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Prates: Tu És um Verme, e o Jornalista que Não te Denuncie, Um Omisso

Dedicado aos que deram a vida pela Liberdade.

Por Raul Fitipaldi

Escrevo sem constrangimento nem surpresa. Escrevo para que os estudantes de jornalismo em particular, de qualquer parte, tenham em claro a diferença entre Liberdade de Empresa e Liberdade de Imprensa. Escrevo não para desabafar, porque o “verme de defunto” que proferiu o vídeo que muitos de vocês já conheceram, que outros conhecerão e que reproduziremos no Desacato, como já o foi reproduzido no site de Celso Martins e em tantos outros espaços decentes, não pode ser levado a sério. Escrevo essencialmente, porque não pode ser exibido esse objeto repugnante do sistema na hora na qual as famílias, as crianças, os adolescentes, se alimentam, para dar continuidade à labuta diária. Estou falando de censurar ao tal Luiz Carlos Prates? Não, estou falando de censurar a quem nos conduz à insanidade mental, à mentira, ao oportunismo, à promiscuidade, à prostituição e à obscenidade. E esse ser que vomitou esses trejeitos sonoros na RBS TV induziu na sua louca paródia a tais condutas.

Quero me dirigir aos colegas que iniciam a trilha desta linda atividade de informar, comunicar, transmitir, narrar, articular opiniões, isso tudo através de uma técnica adequada, para que contemplem os valores sociais mais solidários, civilizados, progressistas, julgando à violência privada, estatal e paraestatal, servindo ao povo, educando e trabalhando para a liberdade plena do povo a partir da ética e da honestidade. Para que observem especialmente o preço que se paga muitas vezes pela fama, pela vaidade de “se achar”, pela inquietude de ser o centro das atenções, pela tranqüilidade de um salário bom e uma aposentadoria polpuda em troca do favor ao amo. Que efêmera é a mentira e que poucas décadas dura oculta a triste verdade de um senhor que engana na TV e na rádio e que fica, pela sua própria boca e imagem deflagrado em toda sua dimensão: UM JORNALISTA TARIFADO, UM BONECO DE VENTRÍLOQUO.

Esse é o pecado do colega que defende em troca de imagem, fama e dinheiro a LIBERDADE DE EMPRESA contra a LIBERDADE DE IMPRENSA. Ou se empresta para qualquer faxina ou perde o emprego. A Liberdade de Empresa motivou uma campanha brutal contra a democracia venezuelana, baseada na mentira e criando a percepção de que a não renovação de concessões de ar para determinados meios em favor dos meios públicos e populares era um ato ditatorial, a mesma campanha que estão iniciando no Equador. A Liberdade de Imprensa permite que em lugar de se modelar a opinião do povo se lhe permita a ele próprio, em seu interesse e linguagem expressar e ouvir aquilo que lhe concerne como produtor da riqueza. Falamos da luta de classes na comunicação. Esse tal Prates defende à classe social à qual serve de forma ordinária e despótica. Dono da verdade única pousa de Zaratustra mediático e entra nos lares com impudica permissividade. O que há de ser cerceado no senhor esse não é que diga o que pensa, mas sim, a deformação da verdade proposital em defesa do interesse único do seu patrão e próprio, e as formas que utiliza para atacar contra a consciência coletiva, pretendendo, através da mentira, deformar o imaginário popular para que favoreça a violência, a tortura, a perseguição e a submissão dos direitos humanos.

Quando não há monopólios há soma de mensagens expressadas, gera no coletivo social a “grande verdade de todos”, aquela que por ser o conjunto da diversidade de opiniões, visões da notícia, confrontações de fatos, acumulações de experiências e culturas que a emitem e receptam, é assimilada pelo povo como própria e não do dono do meio. A Soberania Comunicacional dos Povos inibe a existência de meios e personagens autoritários como o personagem nefasto em questão.

Finalmente, não sejamos ingênuos: o discurso deste funcionário do monopólio RBS apenas segue a linha do que começou a se desenvolver revestido de “democracia conservadora ofendida” na Venezuela, e de Golpe de Estado em Honduras. A beatificação do Golpe de Estado do nosso povo irmão de Honduras não é um acaso avulso do Império e das oligarquias regionais, é um Projeto Condor II para América Latina. Os Oscar Arias, José Miguel Insulza, Uribes, Martinellis, Alan García, Cisneros, Vargas Llosa, etc. começam a tocar os sinos da guerra. Este pobre homem da RBS é uma cópia grosseira e provinciana desse projeto que voltou a se instalar na região. Mais um beato da Ditadura. Um detalhe apenas: Não é de duvidar que ele fosse um jovem jornalista que pudesse andar solto e feliz por Porto Alegre, São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. De fato, o brotinho já era golpista, fazia parte dos acólitos do golpismo. Ou mesmo não poderia dizer Vladimir Herzog.

Em fim, aguardo com humildade, que em homenagem à memória de Adolfo Dias e a tantas vítimas em graus diversos que esta terra já teve desde a Ilha até o Contestado, meus caros e respeitados Lelê de Souza, Hamilton, Geraldo Barbosa, e especialmente o Sindicato de Jornalistas inicie ações legais e públicas com a finalidade de que nossas crianças e adolescentes, não mais sejam submetidos a esse assédio comunicacional na sala dos seus lares. Prates tu és um verme, vá para Miami, esse é o teu lugar.

JUSTIÇA JÁ!

http://sambaquinarede2.blogspot.com/2009/11/o-trombeta-da-ditadura-insanidade-no.html

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