Veja entrevista com Charles Pires, do Sintrasem, sobre as implicações do projeto
A administração de Dário Berger e a quase totalidade da Câmara de Vereadores de Florianópolis disseram a que vieram na noite de segunda-feira, dia 26. Em sessão que teve convocação extraordinária e que atropelou o regulamento da Casa, foi aprovado o projeto que cria o Regime Próprio de Previdência dos servidores do município. Entre outros problemas, o texto do projeto prevê que o dinheiro arrecadado para garantir as aposentadorias será jogado no mercado financeiro. Como se sabe, os fundos de pensão que administram esses valores são os que sofreram as maiores perdas na crise financeira iniciada em 2008. A alíquota de pagamento também subirá de 8% para 11%, significando perda salarial para os trabalhadores.
Servidores com cargos comissionados praticamente lotaram a galeria da Câmara de Vereadores, deixando de fora quem estava na manifestação contra o ataque ao bolso e aos direitos dos municipários. O SINTRASEM - Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis - organizou a luta contra a aprovação do projeto do lado de fora da Câmara. Para garantir que os servidores não entrassem para protestar, a Polícia Militar isolou a entrada do Plenário. Houve agressão aos manifestantes quando servidores e lideranças sindicais exigiram o direito de entrar na assim chamada "casa do povo". O cinegrafista da TV Floripa, além de outros manifestantes, teve os olhos atingidos por spray de pimenta. E assim começa a segunda administração de Dário Berger em Florianópolis.
Um comentário:
Deve ser daí que o prefeito pretende retirar o dinheiro, que vai financiar o projeto milionário, para a burguesia da beira-mar norte.
jussara
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