Fernando Karl, de Curitiba
Hoje acordei com saudade de tudo o que poderia ter sido e que não foi, das mulheres que amei, das que perdi, dos beijos que dei, do vento que escutei nas longas noites de São Francisco do Sul. Tudo dói em mim. Acordei com a recordação da Casa dos Mortos que me transpassa o coração de lado a lado. Acordei só e espiando as ondas destroçadas e brancas no mar longínquo. Acordei com a sensação de não pertencer a ninguém e a nada, mas sei que isto não é o vazio, talvez seja amor e queima por baixo de minhas vértebras. Acordei em 1933, com a vaga sensação de ser este homem de chapéu aí em cima na foto de Horace Bristol.
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