Madalena Giostri
O que você quer ser? Quem já não foi surpreendido com essa pergunta? Afinal qual pessoa não fica profundamente irritada com essa dúvida? O jovem quem diga. Aos 17 anos somos profundamente atormentados com a obrigação de imaginar como será nosso futuro pro resto das nossas vidas. Poucos sabem a reposta na ponta da língua, ou então, acham que sabem, pois o que sabemos realmente é que nada dura para sempre. Clichê? Essa é controvérsia do chamado mundo moderno.
Vivemos em uma sociedade capitalista. A Revolução Industrial que vem ocorrendo há 249 anos, nos encaminhou para um mundo totalmente tecnológico e a cada dia menos humanitário. Podemos dividir a sociedade de acordo com seus descobrimentos. A pedra, os metais, as especiarias, a tecnologia, são tantas as decobertas, mas ate hoje não tivemos a idade do homem, uma época em que o amor, a amizade, a paz vem à frente do dinheiro, da ganância. Seria estúpido afirmar que após tantas descobertas estamos vivendo em um mundo onde você pode ser tudo que quiser.
Já nascemos predestinados a ser algo projetado pelos nossos pais e principalmente pela condição social em que eles vivem. O acesso à cultura, a informação e principalmente aos estudos exige uma grana alta, que só será adquirida com muitas horas de trabalho e é claro, em cima de muito estresse.
A cultura surgiu com a Revolução Industrial. A necessidade de crescimento tecnológico fez surgir à indústria cultural e com ela uma sociedade de massa. Uma sociedade caracterizada pelo dinheiro. Dividida em classes sociais que são julgadas pelo seu status social, que definem quais são seus direitos e seus deveres. O valor das pessoas está na conta bancária?
Como criar filhos em meio ao caos dessa desumanidade? Começo meu dia já angustiada de ter pouco tempo para fazer tudo o que devo, porque minha vontade mesmo é de não fazer nada. Passo o dia correndo, sempre com a sensação de estar atrasada. Na hora de comer, não tenho tempo para fazer uma comida gostosa e saudável. Acabo abrindo o congelador e pegando aquela lasanha da Sadia. Rápido e fácil, assim defino a vida moderna. Uma geração que aprendeu a viver com pressa.
Não existem mais encontros de jovens que abraçam ideologias, agora a única coisa que eles abraçam são produtos industriais fabricados de acordo com o mercado, como aquela música que estraga nossos ouvidos, ou mesmo aquele pedaço de pano caríssimo só porque tem uma marca enorme que está na “moda”.
Com os meios de comunicações mais desenvolvidos nos deparamos com muitas facilidades que eles nos proporcionam. Mas o que custa a ver é que não damos conta da velocidade da informação. A impressão é que a Terra gira a cada dia mais rápido e eu, uma jovem, acredito não estar conseguindo acompanhá-la.
A tatuagem que há 5 anos atrás era sinal de rebeldia, hoje é apenas uma decoração. As drogas que quase não se via, hoje esta explícita em todos os lugares que vou. O protetor solar que não servia para nada, hoje não posso viver sem. As doenças antes eram sinônimos de velhos: hoje, com 20 anos tenho ansiedade, gastrite, colesterol alto e estresse. O tempo virou algo precioso, quase nunca o tenho.
Não sei mais namorar, usar salto alto e nem ao menos uso batom. No namoro sempre encontro homens folgados que apenas querem curtir a vida com cerveja, drogas e sexo ou então aqueles que só pensam na imagem e no dinheiro. A cada dia que passa me sinto mais fora deste mundo, sem identidade, sem tribo.
Tenho muitos medos. Medo do amor e de não saber amar. Tenho medo da sombra e medo da luz. Tenho medo de pedir, tenho medo de calar. Medo, que dá medo do medo que dá.
Sou a conseqüência de uma juventude Fast Food.
O que você quer ser? Quem já não foi surpreendido com essa pergunta? Afinal qual pessoa não fica profundamente irritada com essa dúvida? O jovem quem diga. Aos 17 anos somos profundamente atormentados com a obrigação de imaginar como será nosso futuro pro resto das nossas vidas. Poucos sabem a reposta na ponta da língua, ou então, acham que sabem, pois o que sabemos realmente é que nada dura para sempre. Clichê? Essa é controvérsia do chamado mundo moderno.
Vivemos em uma sociedade capitalista. A Revolução Industrial que vem ocorrendo há 249 anos, nos encaminhou para um mundo totalmente tecnológico e a cada dia menos humanitário. Podemos dividir a sociedade de acordo com seus descobrimentos. A pedra, os metais, as especiarias, a tecnologia, são tantas as decobertas, mas ate hoje não tivemos a idade do homem, uma época em que o amor, a amizade, a paz vem à frente do dinheiro, da ganância. Seria estúpido afirmar que após tantas descobertas estamos vivendo em um mundo onde você pode ser tudo que quiser.
Já nascemos predestinados a ser algo projetado pelos nossos pais e principalmente pela condição social em que eles vivem. O acesso à cultura, a informação e principalmente aos estudos exige uma grana alta, que só será adquirida com muitas horas de trabalho e é claro, em cima de muito estresse.
A cultura surgiu com a Revolução Industrial. A necessidade de crescimento tecnológico fez surgir à indústria cultural e com ela uma sociedade de massa. Uma sociedade caracterizada pelo dinheiro. Dividida em classes sociais que são julgadas pelo seu status social, que definem quais são seus direitos e seus deveres. O valor das pessoas está na conta bancária?
Como criar filhos em meio ao caos dessa desumanidade? Começo meu dia já angustiada de ter pouco tempo para fazer tudo o que devo, porque minha vontade mesmo é de não fazer nada. Passo o dia correndo, sempre com a sensação de estar atrasada. Na hora de comer, não tenho tempo para fazer uma comida gostosa e saudável. Acabo abrindo o congelador e pegando aquela lasanha da Sadia. Rápido e fácil, assim defino a vida moderna. Uma geração que aprendeu a viver com pressa.
Não existem mais encontros de jovens que abraçam ideologias, agora a única coisa que eles abraçam são produtos industriais fabricados de acordo com o mercado, como aquela música que estraga nossos ouvidos, ou mesmo aquele pedaço de pano caríssimo só porque tem uma marca enorme que está na “moda”.
Com os meios de comunicações mais desenvolvidos nos deparamos com muitas facilidades que eles nos proporcionam. Mas o que custa a ver é que não damos conta da velocidade da informação. A impressão é que a Terra gira a cada dia mais rápido e eu, uma jovem, acredito não estar conseguindo acompanhá-la.
A tatuagem que há 5 anos atrás era sinal de rebeldia, hoje é apenas uma decoração. As drogas que quase não se via, hoje esta explícita em todos os lugares que vou. O protetor solar que não servia para nada, hoje não posso viver sem. As doenças antes eram sinônimos de velhos: hoje, com 20 anos tenho ansiedade, gastrite, colesterol alto e estresse. O tempo virou algo precioso, quase nunca o tenho.
Não sei mais namorar, usar salto alto e nem ao menos uso batom. No namoro sempre encontro homens folgados que apenas querem curtir a vida com cerveja, drogas e sexo ou então aqueles que só pensam na imagem e no dinheiro. A cada dia que passa me sinto mais fora deste mundo, sem identidade, sem tribo.
Tenho muitos medos. Medo do amor e de não saber amar. Tenho medo da sombra e medo da luz. Tenho medo de pedir, tenho medo de calar. Medo, que dá medo do medo que dá.
Sou a conseqüência de uma juventude Fast Food.
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