domingo, 8 de março de 2009

Berro D'Água

Miriam Santini de Abreu

A propósito de uma postagem no blog
www.filosofadapedra.blogspot.com, em que é citado o livro “A morte e a morte de Quincas Berro D'Água”, de Jorge Amado, fiquei a pensar em como seria o berro da água. Por que a água berraria? E não de trata do sussurro de um fio d´água em meio à floresta, do gorgolejar da água em um velho encanamento, do trovejar de uma cachoeira numa queda de 50 metros. Trata-se de um berro, que também é diferente de um grito. O segundo implica susto; o primeiro, pavor. Quincas Berro D'Água berrou quando tomou água em vez de pinga. Mas o berro era dele, não da água. Teria a água berrado ao perceber que, sendo água, inundaria a garganta acostumada com pinga? A Filósofa da Pedra despertou uma inquietação que irá dar assunto para crônica.

3 comentários:

Anônimo disse...

cara PobreseNojentas, teremos que analisar cuidadosamente o significado do berro. Mas para isso teríamos que "sentir o que a água sentiria,diante de uma decepção". Por ora fico com o berro do Quincas...o de pavor.... srsrsrsr

Anônimo disse...

Li poucos livros do Jorge Amado, mas esse posso dizer que foi o que mais gostei.

Josemar Sehnem disse...

Eu também quero berrar.
E vai ser pela defensoria pública. Dia 13 na sede da CNBB reunião do Movimento pela Defensoria Pública em Santa Catarina, único estado que ainda não a possui.