Míriam Santini de Abreu
"House", a série de televisão que acompanho há oito anos, termina nesta semana. Final de série é triste. É como se despedir de amigos que irão em viagem sem data para voltar. Foi assim com "Arquivo X", que vejo até hoje, em DVD, porque gosto de pensar que Mulder e Scully continuam a investigar a conspiração do governo para ocultar a verdade sobre a invasão da Terra por alienígenas.
"House" é tocante porque, importando-se, faz de tudo para que pensem que não se importa. E vive com dor. Há um episódio em que um dos médicos que trabalha com ele é esfaqueado por um paciente, fica semanas em recuperação e na volta ao trabalho se apaixona por uma noviça que busca tratamento. No final do episódio, o médico decide provar a ela que a suposta "iluminação" espiritual que ela teve durante uma cirugia não passa do efeito da noradrenalina em seu cérebro. House tenta impedir o colega: - Vocês transaram e mal se conhecem. Quando o efeito da oxitocina passar, você não vai sentir o mesmo por ela e ela vai odiá-lo por ter tirado a crença dela.
O médico, depois de afimar que deseja mudar, responde que House é infeliz e não consegue mudar sua forma de ser, e, pior, deseja o mesmo para os outros. E House responde: - As pessoas mudam quando acham que cometeram erros. Você só foi esfaqueado!
Fora outra série que acompanho, não tem nada parecido com House na tevê. E sua máxima é inquestionável: - Uma verdade básica sobre os seres humanos: todo mundo mente.
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