terça-feira, 22 de junho de 2010

Os Sinos de Santa Maria

Míriam Santini de Abreu


No final de semana vi um filme de 1945, “Os Sinos de Santa Maria”. As resenhas sobre ele explicam: “Bing Crosby interpreta o papel do Padre O'Malley, que é enviado para recuperar a falida escola paroquial. Ele logo se desentende com Irmã Benedict (Ingrid Bergman) sobre a educação das crianças. Além da deliciosa batalha de inteligência dos dois, há outro problema. Um ganancioso empresário quer demolir o Santa Maria e só um milagre pode salvá-lo agora”.

O filme é especialmente tocante ao mostrar o relacionamento entre o Padre O'Malley e a Irmã Benedict. E tocante porque é um relacionamento absolutamente amoroso! A forma como se dá a interpretação de ambos é rara de se ver hoje em dia. O jeito de olhar, de calar, de sorrir, de se surpreender... A cena final é tão absolutamente bela que voltei ao trecho quatro vezes. Nela, O'Malley revela a Benedict o verdadeiro motivo pelo qual pediu que ela fosse transferida do Santa Maria para outro lugar. Poderia ser apenas o gesto de respeito do Pároco pela Irmã. Mas a gente vê nele o gesto de amor de um homem que compreendeu profundamente uma mulher.

Depois do filme reli a entrevista que a jornalista italiana Oriana Fallaci fez com Bergman e que está no livro “Os Antipáticos”. Nela, Bergman diz que a felicidade é feita de boa saúde e má memória, frase que atribuiu ao músico, teólogo e médico alemão Albert Schweitzer.

Toda vez que vejo Bergman em um filme, assim como Audrey Hepburn, fico enternecida, esperando que elas tenham sido felizes.

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