quinta-feira, 6 de julho de 2023

Dario de Almeida Prado Jr, repórter

Foto: Rosane Lima

A entrevista desta edição do Repórteres SC traz as memórias de Dario, nascido em Lins, São Paulo, e que escolheu Florianópolis para trabalhar e viver. Vindo de família tradicional no Brasil, teve boa formação escolar e bem cedo se apaixonou pela leitura. Esse caminho pelo mundo dos livros lhe aprimorou a escrita. Com 15 anos chegou a São Paulo. Era o ano de 1967 e logo já foi trabalhar como office boy no Conselho Regional de  Representantes Comerciais. Mais tarde, foi na Revista Veja que começou seu caminho na reportagem, aos 17 anos, sob o comando de Mino Carta. 

Tentou o Curso de Administração, mas não deu para a coisa. Abandonou. E assim, com 20 anos de idade foi convidado para vir para Santa Catarina trabalhar com Sérgio da Costa Ramos. Topou na hora e veio para o jornal O Estado onde baixava a página de Internacional numa época grandiosa do "mais antigo".

Foi uma longa jornada no campo do texto, como repórter especial e criador de projetos, e foi só bem mais tarde que a fotografia entrou na sua vida como uma opção profissional. Uma câmera Canon e um empréstimo no Besc foram as chaves para essa nova função na carreira. Foi trabalhar na Telesc, fotografando projetos de telefonia rural e fazendo as capas da Listel. A vida naqueles dias era uma usina atômica, com o renascimento do movimento estudantil de Santa Catarina que culminou com a Novembrada. Dario estava metido nisso, fotografando e militando. 

Também participou da produção de um documentário sobre o Contestado fazendo o making off e inventariando o trabalho de fotografia. Foi um momento incrível para Dario porque nesse trabalho vai conhecer gente que participou do conflito. "Um povo que só queria vida digna", se emociona. É o único documentário que tem depoimento dos combatentes.

Dario teve a sorte de estar no lugar certo em momentos importantes da história e soube aproveitar todas as oportunidades que surgiram. A bebida foi uma pedra no caminho e causou reveses, mas, ele deu a volta por cima e segue fazendo coisas, criando, fotografando, lendo e vivenciando as maravilhas do mundo. Essa estrada de mais de 70 anos vividos, com quase 60 dedicados ao jornalismo e a reportagem é a que vocês vão conhecer agora. 


Nenhum comentário: