Dois sabores de infância que me comovem: o de alcachofra e o de favas. Me regalo com ambas e volto a ter 12 anos. Que prazer imenso era pescar uma alcachofra dentre as 4 ou 5 que a mãe colocava para cozinhar numa panelona, fazer a salmourinha e, uma a uma, sugar a folhas!
E então, quando elas começam a ficar macias, surge o miolo, branco, carnudo, cheio de pêlos. Cresci amando alcachofras, esses “monstrinhos”. A mãe as chama de artichokes.
E as favas! Ah, cozinhá-las e abri-las, a parte interna da vagem delicada como um veludo. E dentro as favas enfileiradas, parecendo mentex verde, com aquele gosto e cheiro de mato orvalhado.
Benditas sejam as alcachofras e as favas!
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