quinta-feira, 13 de maio de 2010

Varais cubanos







Míriam Santini de Abreu


Roupas que exalam poesia com cheiro de sabão.

Assim, recostadas nas varandas.

Os corpos que protegem, que adornam

nesses casarios de tanta memória

talvez sejam açoitados pela dor de um animal feroz

ou talvez se moldem ao que no amor é mar tranqüilo.

Panos brancos, de cor, esses panos dos varais cubanos.

Canto de mundo onde pano e grampo viram roupandorinha.

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