terça-feira, 11 de maio de 2010

O lasanheiro do ano





Nas fotos, o Condomínio e a rua

Míriam Santini de Abreu

“LASANHEIRO 2010: Cesar Santini de Abreu”. Esse foi o título com o qual o meu irmão do meio foi recentemente agraciado. A homenagem foi de amigos e vizinhos que mandaram fazer a placa depois de saborearem um dos pratos preparado por ele.
Vou explicar melhor. Meu irmão e minha cunhada Valéria moram no bairro Tristeza, em Porto Alegre, um lugar arborizado, coisa típica de lá. Os plátanos estão na rua onde ficam os prédios e também dentro do condomínio. É uma beleza, coisa que não se vê muito por aí. Atrás do condomínio há uma área gramada, com vários plátanos, canto para colocar roupa ao sol e canto para passarinho beber água. E há também um galpão onde a vizinhança se reúne. Isso é lindo.
Os vizinhos, dois, quatro, seis, fazem um prato e levam ao galpão, onde comem e bebem juntos e deixam a conversa rolar. Eu estava lá na Sexta-Feira Santa e fiquei tocada por aquele gesto coletivo.
Pois há uns dias a vizinhança se regalou com lasanha e meu irmão ganhou o prêmio citado no início do texto.
Isso me fez lembrar um trecho do livro “A Cidade na História - suas origens, transformações e perspectivas”, de Lewis Mumford. É o seguinte:

A vida de aldeia acha-se engastada na associação primária entre nascimento e lugar, sangue e solo. Cada um dos seus membros é um ser inteiramente humano a desempenhar todas as funções apropriadas a cada fase da vida, do nascimento à morte, em aliança com forças naturais que venera e às quais se submete, muito embora possa ser tentado a invocar poderes mágicos para as controlar no interesse de seu grupo. Antes que começasse a existir a cidade, a aldeia já criara o vizinho: aquele que mora perto, dentro de uma distância onde é fácil chamá-lo, compartilhando as crises da vida, velando os que agonizam, chorando solidariamente pelos mortos, rejubilando-se num banquete nupcial ou num nascimento. Como nos recorda Hesíodo, os vizinhos correm em nosso socorro, enquanto que mesmo os parentes “ronceiam em seus arreios”.

Li esse trecho e me lembrei daquele condomínio no bairro Tristeza, onde é grande a Alegria do comer e beber fraterno. Que bom, meu irmão, que bom...!

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi mana. Obrigado pela homenagem. Esperamos você para a próxima lasanha... Beijão. Cesar

Anônimo disse...

É o César Santini que serviu no 3o GAAE em Cxs em 1991? Se sim, sou o 29 e estou querendo entrar em contato. Favor pedir para enviar um e-mail dizendo qual o número era dele (apenas para evitar trotes) e o cel para adicionarmos no Whatsapp da turma de 91. E-mail: turma91@logidados.com.br