Por Marcela
Cornelli
Foi lançado
nesta quarta-feira, dia 18 de dezembro, em Santa Catarina a
Campanha do Plebiscito Nacional por uma Assembleia Constituinte Exclusiva do
Sistema Político. O lançamento aconteceu no Plenarinho da Assembleia
Legislativa do Estado de Santa Catarina, em Florianópolis. Pela
manhã foi realizada uma plenária dos movimentos sociais e à tarde aconteceu o
lançamento do Plebiscito e de uma cartilha explicativa sobre o tema, sua
importância e seus objetivos, que será distribuída posteriormente aos trabalhadores.
Estiveram
presentes entidades sindicais, parlamentares e representantes do movimento
social. O lançamento foi organizado pelo Comitê Estadual pelo Plebiscito por
uma Assembleia Constituinte Exclusiva do Sistema Político, que está sendo
formado por diversas entidades sindicais e movimentos sociais organizados entre
eles Sintespe, Sintaema,
Sinergia, Sinasefe, Sindes, Marcha Mundial das Mulheres, Via Campesina, Cáritas
e Pastorais Sociais, Juventude Revolução, Consulta Popular, MST, Gabinete Pe.
Pedro, Corrente do Trabalho (PT), CUT e CTB. Mais entidades, centrais sindicais
e movimentos estão sendo chamados para compor o Comitê Estadual. Nacionalmente,
70 entidades estão apoiando a realização do Plebiscito e novos apoios deverão
vir nos próximos meses.
O Plebiscito será realizado em
setembro de 2014 e terá uma única pergunta: Você
é a favor de uma Constituinte Exclusiva e Soberana sobre o Sistema Político
Brasileiro? O objetivo é realizar um Plebiscito nos moldes do Plebiscito da
ALCA.
Para Fatima Sandalhel, da Consulta Popular e da organização
nacional do Plebiscito, as mobilizações de junho trouxeram à tona pautas
como maior participação popular e mudanças políticas. As mobilizações pautaram
o assunto. “A possibilidade de uma Assembleia Constituinte é uma oportunidade
dos movimentos sociais e sindicatos proporem uma bandeira de luta mais
ofensiva”. “Dos 550 deputados, somente 91 votam em pautas de interesse dos
trabalhadores segundo dados do Diap”, disse Fátima. Ela lembrou que no
Congresso, 8% são negros e cerca de 9% são mulheres. “A Assembleia Constituinte
pode mudar esta correlação de forças por mudanças no país”.
Fátima
também defendeu que o processo de construção do Plebiscito será um momento de
diálogo com a população e de politização dos trabalhadores. Para ela, será
necessário criar um novo mecanismo de comunicação com a juventude que foi às
ruas em junho pera que ela entenda a importância de uma Assembleia Constituinte.
O deputado estadual Pe. Pedro (PT)
também presente na mesa de debates pela manhã disse ver no Plebiscito e na
Assembleia Constituinte mecanismos de participação popular e enfrentamento do
poder econômico que determina as relações na sociedade.
Nauro José velho, da Consulta
Popular e do MST, representou o Comitê Estadual na mesa e falou sobre a
importância da luta organizada dos trabalhadores. “É um momento em que os
movimentos sociais podem agarrar o Plebiscito ou deixar as coisas como estão”,
observou. Para ele, a reforma política que está sendo realizada pelo governo, a
aprovação da lei de greve, da "lei do terrorismo", só vão piorar as
formas de organização dos trabalhadores. Daí a importância da luta por uma
Assembleia Constituinte. Ele disse ainda que por ser uma reforma exclusiva,
avanços sociais da Constituição de 88 não poderão ser retirados.
Leonardo
Nürnberg, da Juventude Revolução, falou sobre a importância de alcançar
massivamente os jovens nesta campanha. “A construção do Plebiscito e a Assembleia
Constituinte são mecanismos para acumulação de forças para a construção do
socialismo”.
A próxima reunião de planejamento do Plebiscito será realizada durante
todo o dia 3 de fevereiro, a partir das 9 horas, no Sintespe. Todas as
entidades sindicais e de movimentos sociais organizados estão convidadas.
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