Raquel Ribeiro veio ao mundo em Juiz de Fora, Minas Gerais, mas só nasceu. A mãe já morava no Rio de Janeiro, mas buscou ter Raquel junto aos pais que viviam em Minas. Logo em seguida ao nascimento, a família voltou para casa, em Botafogo, e foi lá que Raquel viveu até os 20 anos. Já bem menina ensaiava palavras escrevendo histórias em quadrinho, as quais buscava vender na rua.
O diário que recebeu de presente da avó foi o nascente de novas escritas. Todos os dias um texto. Por isso, quando chegou a hora de escolher a faculdade optou por Comunicação e Letras. Fazia as duas. Mas, ao conhecer um fotógrafo decidiu trancar Letras e encerrar de vez o curso de Comunicação para que pudessem trabalhar juntos. Seu caminho natural então foi o jornalismo, atuando em grandes projetos como a revista Ícaro, da Varig, sempre em parceria com Veiga, o fotógrafo.
Sua primeira história infantil nasceu quando morava em Porto Alegre. Sua intenção foi ganhar um prêmio literário. Não deu certo, então decidiu engavetar o projeto. Mais tarde, já num novo casamento, foi viver no campo e lá surgiu uma nova história, a qual ela deu vida, publicando pela primeira vez. Desde aí, não parou mais. Seus temas tratam da natureza e da vida mesma. E alguns de seus livros também servem para os adultos discutirem temas difíceis com as crianças, como a morte e a doação de órgãos.
Morando em Florianópolis há nove anos Raquel continua observando o mundo com olhos cheios de alumbramento. As histórias seguem morando nela, ainda que agora esteja mais focada em divulgar o trabalho já feito. São sete livros publicados e caminhantes.
Neste episódio de Conversas na Tiradentes ela conta de sua vida, da relação com os ilustradores e de sua obra.