quarta-feira, 24 de abril de 2024

Repórteres SC entrevista Dagoberto Bordin






O jornalista Dagoberto Bordin é o 19º entrevistado do Projeto Repórteres SC. Nascido em Caxias do Sul, ele fez o ensino médio em São Paulo, para onde se mudou aos 14 anos, e o curso de Comunicação com habilitação em Jornalismo na UFRGS, em Porto Alegre.

Dagoberto veio para Florianópolis em 1986 para trabalhar no Diário Catarinense e, ainda naquele ano, voltou a São Paulo, tendo passagem por vários veículos e assessorias.

Em 1998, mudou-se para a Praia da Pinheira, onde atua com jornalismo e rádio comunitária e se dedica aos projetos da associação Pró-Crep, que desenvolve atividades socioambientais.

A conversa será exibida em breve, com detalhes da caminhada de Dagoberto gravadas por Felipe Maciel-Martínez com fotos de Rosane Lima.

quarta-feira, 3 de abril de 2024

Nelson Rolim, repórter


O jornalista e editor Nelson Rolim de Moura é o 18º entrevistado do Projeto Repórteres SC. Nascido em Bagé, ele iniciou os estudos em Porto Alegre, para onde se mudou em 1968. Nelson estudou Engenharia na UFRGS e foi presidente do Centro de Estudantes Universitários de Engenharia (CEUE) e do Diretório Central dos Estudantes (DCE). Com a repressão na ditadura militar, foi para Buenos Aires, onde abriu caminhos graças aos livros. Nos anos de chumbo, foi preso três vezes, uma delas no Uruguai, situação que mobilizou familiares e amigos e é detalhada na entrevista.

Em Florianópolis, para onde se mudou em 1976, trabalhou em “O Estado”, pelo qual cobriu a Novembrada, em 1979, na rádio Guarujá, na TV Cultura e em assessorias de governo de 1978 a 1994, ano em que fundou a Livraria Insular. Era uma ideia antiga, desde os tempos de estudante, e na entrevista Rolim conta como ela começou a se concretizar e detalha projetos como a publicação da obra “História da Nação Latino-Americana”, de autoria de Jorge Abelardo Ramos. A Insular também é reconhecida por suas publicações na área de comunicação e jornalismo. 

Atualmente, entre outros projetos, o entrevistado dedica-se à Coleção Ponto Final, que tem 38 volumes com fatos e perfis histórico-políticos de jornalistas perseguidos, sequestrados, torturados e executados durante a ditadura militar. Já foram publicados três volumes: “Alberto Aleixo: O jornal do PCB”; “Alexandre Von Baumgarten: nas entranhas do monstro”, e “Antonio Benetazzo: Arte na Revolução”. 

Na entrevista, Rolim também relembra a experiência do jornal alternativo “Afinal”, da qual participou e que marcou época em Florianópolis com jornalistas como Jurandir Pires de Camargo, Sérgio Rubim, Eloy Gallotti e Ney Vidal. As memórias de Rolim estão contadas no livro “Não esquecemos a ditadura – Memórias da violência”, lançado em 2015.

Confira a entrevista, gravada por Felipe Maciel-Martínez com fotos de Rosane Lima.


quarta-feira, 27 de março de 2024

Projeto Repórteres SC abre nova temporada de entrevistas









O jornalista e editor Nelson Rolim de Moura é o 18º entrevistado do Projeto Repórteres SC. Nascido em Bagé, ele iniciou os estudos em Porto Alegre, para onde se mudou em 1968.

Com a repressão na ditadura militar, foi para Buenos Aires, onde abriu caminhos graças aos livros. Nos anos de chumbo, foi preso três vezes. 

Em Florianópolis, para onde se mudou em 1976, trabalhou em jornais e em assessorias de 1978 a 1994, ano em que fundou a Livraria Insular.

Suas memórias estão contadas no livro “Não esquecemos a ditadura – Memórias da violência”, lançado em 2015. 

Atualmente, entre outros projetos, dedica-se à Coleção Ponto Final, que tem 38 volumes com fatos e perfis histórico-políticos de jornalistas perseguidos, sequestrados, torturados e executados durante a ditadura militar.

A conversa será exibida em breve, com detalhes da caminhada de Nelson, no campo do jornalismo e da vida entre livros, em gravação de Felipe Maciel-Martínez e fotos de Rosane Lima.


terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

É hora de um canal nacional e público para a comunicação comunitária e popular


Foto: RedRadioVe - Comunicadores populares na Venezuela

Já faz muito tempo que as entidades ligadas ao jornalismo e à comunicação no Brasil lutam pelo que chamam de “democratizar a comunicação”. Na época da ditadura militar isto até tinha certo sentido, visto que o Estado estava na mão dos milicos. Mas, com a democratização, em 1984, esse tema foi perdendo força e acabou tornando-se uma demanda algo abstrata. O que seria democratizar a comunicação? Dar mais espaço para os movimentos sociais nas mídias comerciais? Colocar mais negros nas novelas? Garantir programas que falem das mulheres, dos indígenas, do movimento LGBTQIA+? Se observarmos bem, esta é uma pauta bem ao gosto do liberalismo. E, hoje, dando uma olhada nos canais de televisão, podemos ver que tudo isso está dado. Há mais negros, mais mulheres, mais gays, mais tudo, mas a lógica segue sendo a do consumo e do capital. Não muda nada na estrutura da sociedade. A faca e o queijo estão na mão das empresas. A ideologia se esparrama bem ao gosto burguês. Tudo mudou para ficar igual.

Nós, da Revista Pobres e Nojentas, há muito reivindicamos a soberania comunicacional. Ou seja, os trabalhadores definindo suas demandas e produzindo sua comunicação. Mas, para que isso seja possível, há que existir um governo que assuma essa demanda, assim como na Venezuela bolivariana, onde o então presidente Hugo Chávez fez acontecer. Num país onde poucas famílias controlam a televisão privada, Chávez criou um canal público, exclusivo para o desague das produções comunitárias, populares e independentes. Um canal aberto, de alcance nacional. 

Esta deveria ser hoje a proposta dos movimentos ligados à comunicação. Só o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, o FNDC, tem em suas fileiras 87 entidades nacionais e 591 regionais. É praticamente um exército, e dos mais representativos do setor de comunicação dos trabalhadores. Além disso, há o Intervozes, coletivo de ativistas da comunicação com representação em quase todos os estados brasileiros. Fora outros tantos coletivos que se articulam nos estados lutando para produzir comunicação de qualidade voltada aos reais interesses públicos.

Nosso chamado se dirige a estas entidades e coletivos: que se forme uma grande teia juntando todo mundo para a apresentação desta demanda ao Presidente da República, ao Ministro das Comunicações e ao Secretário de Comunicação: que o Estado brasileiro crie uma televisão pública, de sinal aberto para todo país, e que o material ali veiculado seja prioritariamente material produzido pelos movimentos sociais,  coletivos comunitários, populares e independentes. Uma mídia de massa, feita e dirigida pelos trabalhadores. Este sim seria um salto de qualidade e um primeiro passo para a soberania comunicacional.

Até quando vamos mendigar “mais democracia”? Por que não exigirmos um espaço realmente alternativo, com alcance de massa? Um canal de televisão dirigido por gente da comunicação, capacitada a fazer um trabalho bonito, educativo, divertido e de luta, com um sinal que chegasse a qualquer lugar do país. O estado brasileiro pode, o governo tem as condições, então, por que não fazermos acontecer? Há gente qualificada e já existe um farto material produzido ao longo de décadas pronto para ser exibido e estimular ainda mais as novas produções Brasil afora. 

As chamadas mídias alternativas, comunitárias, populares, independentes, são importantes e cumprem um valioso papel. Mas, sem alcance de massa, não passam de resistências regionais e locais. A comunicação dos trabalhadores precisa ter alcance de massa, chegar aos ouvidos de milhões. Ou investimos nessa batalha ou seguiremos sem eficácia.



quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

Novo projeto da P&N reúne pesquisas sobre jornalismo ambiental em Santa Catarina

A equipe da Revista Pobres & Nojentas está com novo projeto: a sistematização de pesquisas sobre jornalismo ambiental em Santa Catarina e a história do movimento ambientalista no estado.

O objetivo é estimular estudantes e profissionais a contribuir com o avanço das pesquisas na área.

Um blog específico reúne as pesquisas já encontradas, o link para o livro que organizamos sobre o tema, intitulado “Território e texto: jornalismo ambiental em Santa Catarina”, tendo seis artigos de jornalistas que, em momentos de sua trajetória, abordaram a relação entre sociedade e natureza no estado, e um link para vídeos.

O material está disponível no seguinte blog: https://jornalismoambientalsc.blogspot.com/