quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Roseméri Laurindo, repórter

 


A jornalista Roseméri Laurindo é a 22º entrevistada do Projeto Repórteres SC. Nascida em Blumenau, filha de operários do setor têxtil e de cristais, ela recorda de um dos primeiros contatos com a escrita: ficar em primeiro lugar em um concurso de redação sobre o Dia das Mães organizado por um loja local. 

As primeiras experiências em jornalismo, com uma passagem prévia por agência de publicidade, foram no Jornal de Santa Catarina, o Santa, na sucursal de O Estado em Blumenau e na assessoria de imprensa da Universidade Regional de Blumenau (FURB).

Em 1985, com a mudança para Florianópolis para estudar Jornalismo na UFSC, continuou a trajetória no Santa e no jornal O Estado, destacando-se na cobertura política como setorista da Assembleia Legislativa. Foi o período no qual também se envolveu com as lutas do Sindicato dos Jornalistas por valorização da profissão. 

Novos desafios profissionais a levaram para Maceió e Salvador, onde trabalhou em jornal e assessoria de imprensa. O ciclo se fechou com o retorno à cidade natal para novamente atuar na FURB, onde coordenou a criação do Curso do Jornalismo, com 10 anos completados em 2023.

A carreira acadêmica no mestrado em Salvador e no doutorado em Portugal inclui passagens como professora na Unidavi, em Rio do Sul, e no Instituto Blumenauense de Ensino Superior (Ibes), em Blumenau. Roseméri também é autora de vários livros, entre os quais se destaca "Jornalismo em três dimensões - singular, particular e universal", resultado de sua tese doutoral, no qual apresenta o conceito de jornalista-autor e jornalista-marca. 

Atualmente, a entrevistada integra a Comissão de Ética do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina e a diretoria da Associação Brasileira de Ensino de Jornalismo (Abej).

Confira a conversa, gravada por Felipe Maciel-Martínez com fotos de Rosane Lima.


terça-feira, 20 de agosto de 2024

Escadaria do Morro do Mocotó (E 2)

 

A equipe da revista Pobres & Nojentas apresenta mais um episódio do projeto Escadarias do Maciço, trazendo a Escadaria do Morro do Mocotó. O projeto traz entrevistas com moradores do Maciço Central ou Maciço do Morro da Cruz, parte do Distrito-Sede de Florianópolis (SC), buscando revelar o cotidiano naquele espaço urbano da Ilha de Santa Catarina. O Maciço é uma formação rochosa próxima às áreas centrais da capital catarinense e se estende por quase 5 km no sentido das Baías Norte e Sul, atingindo 285 metros de altura. Nele há pelo menos 18 comunidades e cerca de 30 mil pessoas constituindo diferentes apropriações socioespaciais. 

Um dos desafios para as populações que ali moram é a mobilidade urbana e a acessibilidade, sendo uma das formas mais características, além das linhas de ônibus, o uso das escadarias para o trajeto entre as comunidades e delas até as áreas planas do centro da cidade. 

A equipe está percorrendo as escadarias para conversar com moradores, ouvir as dificuldades e conhecer as mudanças naquele espaço urbano com o passar dos anos. O projeto tem o apoio do Instituto Cidade e Território (ITCidades). 

Apresentamos aqui o conjunto de entrevistas na íntegra e elas serão a base para uma reportagem a ser lançada em breve contemplando uma interpretação abrangente da realidade socioespacial do Maciço. 

Um microfone fingidor

Foto: Felipe Maciel Martínez

Por Miriam Santini de Abreu

A primeira revista Pobres & Nojentas (que durou, impressa, 30 edições) apareceu em maio de 2006, e para ela eu fiz uma entrevista com Darcy Vitória de Brito, nascida em 1938 na rua General Vieira da Rosa, no Mont Serrat, incrustado no Maciço do Morro da Cruz, em Florianópolis. Não dá para contar a história do Mont Serrat sem contar, entre outras, a história da Dona Darcy. Passados 18 anos, na sexta-feira passada eu a reencontrei, sem planejar, ao subir a Servidão Quebra-Pote para a série de entrevistas do projeto Escadarias do Maciço. Estava com o Felipe Maciel-Martínez, que faz as gravações, e o presidente do Conselho Comunitário do Mont Serrat, Cláudio José de Paula, que a chamou para falar sobre as dificuldades enfrentadas pelos moradores da servidão. Que alegria me deu ver a dona Darcy!

Depois da Quebra-Pote, decidimos aproveitar o sol e o tempo ainda disponível para conversar com moradores da maior escadaria do Maciço, a escadaria da Rua José Boiteux. Mas deu zebra. O gravador caiu na primeira entrevista, testamos, ele parecia funcionar, mas estava fingindo. A câmera gravou as imagens, mas não o som. Seu Sidnei Paim, o neto dele, Jean Weslley, o amigo do Jean, Miguelzinho, e a moradora Denise Xavier contaram em detalhes como é viver naquela escada de espantosos 428 degraus. Depois das despedidas, eu desci os degraus rumo à Avenida Mauro Ramos pensando em me organizar para editarmos todas as entrevistas até este domingo porque o seu Sidnei estaria de aniversário. Não deu! 

Mas eu disse para o Felipe: é do jogo! A gente é que banca os nossos projetos, o Felipe, o Rubens e a Rosane gravam e fotografam por uma ninharia, a Elaine passa horas editando e os equipamentos são os que os salários permitem comprar. Mas a gente vai fazendo porque quer fazer. Ficamos, Felipe e eu, desanimados, mas eu voltei ao reencontro com a dona Darcy, olhei para trás e percebi o quanto fizemos nesses quase 20 anos da nossa revista, sempre de mãos dadas com os mestres Adelmo Genro Filho e Marcos Faerman. Há que continuar a seguir nas veredas do espaço geográfico, do cotidiano e da linguagem!



sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Roseméri Laurindo é a 22º entrevistada do Projeto Repórteres SC






A jornalista Roseméri Laurindo é a 22º entrevistada do Projeto Repórteres SC. Nascida em Blumenau, onde iniciou no jornalismo, ela trabalhou em Florianópolis, Maceió e Salvador, retornando à cidade natal para atuar na FURB (Universidade Regional de Blumenau), onde coordenou a criação do Curso do Jornalismo. 

A entrevistada foi repórter, assessora de imprensa e professora, tendo consolidado carreira acadêmica no mestrado em Salvador e no doutorado em Portugal. Também é autora de vários livros, entre os quais se destaca "Jornalismo em três dimensões - singular, particular e universal", no qual apresenta o conceito de jornalista-autor e jornalista-marca. 

A conversa será exibida em breve, com detalhes da caminhada da jornalista gravadas por Felipe Maciel-Martínez com fotos de Rosane Lima.