quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Lançada em Santa Catarina Campanha do Plebiscito Nacional por uma Assembleia Constituinte Exclusiva do Sistema Político

Por Marcela Cornelli

Foi lançado nesta quarta-feira, dia 18 de dezembro, em Santa Catarina a Campanha do Plebiscito Nacional por uma Assembleia Constituinte Exclusiva do Sistema Político. O lançamento aconteceu no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, em Florianópolis. Pela manhã foi realizada uma plenária dos movimentos sociais e à tarde aconteceu o lançamento do Plebiscito e de uma cartilha explicativa sobre o tema, sua importância e seus objetivos, que será distribuída posteriormente aos trabalhadores.

Estiveram presentes entidades sindicais, parlamentares e representantes do movimento social. O lançamento foi organizado pelo Comitê Estadual pelo Plebiscito por uma Assembleia Constituinte Exclusiva do Sistema Político, que está sendo formado por diversas entidades sindicais e movimentos sociais organizados entre eles Sintespe, Sintaema, Sinergia, Sinasefe, Sindes, Marcha Mundial das Mulheres, Via Campesina, Cáritas e Pastorais Sociais, Juventude Revolução, Consulta Popular, MST, Gabinete Pe. Pedro, Corrente do Trabalho (PT), CUT e CTB. Mais entidades, centrais sindicais e movimentos estão sendo chamados para compor o Comitê Estadual. Nacionalmente, 70 entidades estão apoiando a realização do Plebiscito e novos apoios deverão vir nos próximos meses.

O Plebiscito será realizado em setembro de 2014 e terá uma única pergunta: Você é a favor de uma Constituinte Exclusiva e Soberana sobre o Sistema Político Brasileiro? O objetivo é realizar um Plebiscito nos moldes do Plebiscito da ALCA.

Para Fatima Sandalhel, da Consulta Popular e da organização nacional do Plebiscito, as mobilizações de junho trouxeram à tona pautas como maior participação popular e mudanças políticas. As mobilizações pautaram o assunto. “A possibilidade de uma Assembleia Constituinte é uma oportunidade dos movimentos sociais e sindicatos proporem uma bandeira de luta mais ofensiva”. “Dos 550 deputados, somente 91 votam em pautas de interesse dos trabalhadores segundo dados do Diap”, disse Fátima. Ela lembrou que no Congresso, 8% são negros e cerca de 9% são mulheres. “A Assembleia Constituinte pode mudar esta correlação de forças por mudanças no país”.

Fátima também defendeu que o processo de construção do Plebiscito será um momento de diálogo com a população e de politização dos trabalhadores. Para ela, será necessário criar um novo mecanismo de comunicação com a juventude que foi às ruas em junho pera que ela entenda a importância de uma Assembleia Constituinte.

O deputado estadual Pe. Pedro (PT) também presente na mesa de debates pela manhã disse ver no Plebiscito e na Assembleia Constituinte mecanismos de participação popular e enfrentamento do poder econômico que determina as relações na sociedade.

Nauro José velho, da Consulta Popular e do MST, representou o Comitê Estadual na mesa e falou sobre a importância da luta organizada dos trabalhadores. “É um momento em que os movimentos sociais podem agarrar o Plebiscito ou deixar as coisas como estão”, observou. Para ele, a reforma política que está sendo realizada pelo governo, a aprovação da lei de greve, da "lei do terrorismo", só vão piorar as formas de organização dos trabalhadores. Daí a importância da luta por uma Assembleia Constituinte. Ele disse ainda que por ser uma reforma exclusiva, avanços sociais da Constituição de 88 não poderão ser retirados.

Leonardo Nürnberg, da Juventude Revolução, falou sobre a importância de alcançar massivamente os jovens nesta campanha. “A construção do Plebiscito e a Assembleia Constituinte são mecanismos para acumulação de forças para a construção do socialismo”.

A próxima reunião de planejamento do Plebiscito será realizada durante todo o dia 3 de fevereiro, a partir das 9 horas, no Sintespe. Todas as entidades sindicais e de movimentos sociais organizados estão convidadas.


terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Saiu a número 30


Edição tem reportagem sobre Plano Diretor, edital dos transportes, ocupação Palmares, crônicas e América Latina Peça a sua. Só cinco pilas....

Cláudio Silva da Silva - repórter fotográfico

Programa Pobres e Nojentas no Mercado 4 entrevista o repórter fotográfico Cláudio Silva da Silva. Um dos mais importantes profissionais do estado. Ele fala de sua caminhada no jornalismo e dos desafios da profissão.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Qual o papel de um sindicato



Por Dino Gilioli



Num mundo cada vez mais mercantilizado, pautado pela lógica da rapidez das máquinas e marcado pela dura sobrevivência da maioria das pessoas perguntamos: Qual o papel de um sindicato? Pedro Tierra lembra-nos que o ofício de poeta, de certo modo, pode se resumir na observação dos gestos humanos e na sua tradução pela subversão da palavra. Neste sentido, perguntamos: Qual a função de um sindicalista?
O sistema atual que “regula” a sociedade reduz o trabalhador a um mero vendedor da força de trabalho. De tal forma que o homem ou mulher trabalhadora são registrados, na maioria das empresas, como apenas mais um item de custo. Valendo, neste caso, a lógica de que para reduzir custos tanto faz uma matéria prima, uma mercadoria ou um trabalhador.

No nosso entendimento um sindicato deve atuar na contramão dessa perversa lógica e perceber o trabalhador, acima de tudo, como um ser humano – na sua integralidade. Logo, a ação de um sindicato de caráter emancipador não deve se limitar a uma pauta de reivindicação. A luta dos trabalhadores deve suplantar as questões imediatas e corporativas.

Sem esquecer da origem do sindicalismo que nasce pela necessidade de garantir a subsistência do trabalhador, diante de um sistema cada vez mais excludente é preciso que façamos uma profunda reflexão sobre a  atividade sindical. É preciso que discutamos qual o papel político de um sindicato, que permita olhar o trabalhador para além da raia economicista. Ou seja, um sindicato que tenha presença objetiva e subjetiva na vida do trabalhador.

Nessa perspectiva é possível tecer com os trabalhadores uma representação de classe que, além de reivindicar, atua num horizonte onde a cultura é compreendida como espaço genuíno da expressão humana, do exercício crítico e criativo. É possível vislumbrar uma instância de poder coletivo que estimula a solidariedade, o companheirismo e a prática da liberdade pela valorização da vida.

Pois, como diz o poeta: “um sindicato deve ter sensibilidade para perceber estrelas e consciência para sacudir o chão”.

Dino Gilioli - é poeta, membro do Conselho de Administração da Eletrosul e dirigente do Sindicato dos Eletricitários de Florianópolis - Sinergia

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Pérola - trançando a vida nos cabelos

Programa Pobres e Nojentas no Mercado 3 - Entrevista com a cabeleireira Pérola, personagem da vida de Florianópolis. Mulher, guerreira, que trança a vida nos cabelos e na valentia.